segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aprendendo com as dores e as críticas

Estou começando a escrever um livro. É a segunda vez que tento fazê-lo. Da primeira, uns quinze anos atrás, ensaiei fazer uma coisa meio ficção, meio história real. Eu pretendia juntar algumas histórias verdadeiras que presenciei com uma maquiagem surrealista. Não sei no que ia dar, mas desisti antes mesmo de concluir o primeiro capítulo. Agora, incentivado por um amigo, resolvi reinvestir no meu lado literário.

Mas, desta vez, nada de ficções romanceadas misturadas com algumas verdades. Resolvi escrever sobre a minha história. Não que ela seja recheada de curiosidades - é mais provável que sirva de remédio contra a insônia do que despertar algo novo em alguém. Mas meu amigo me convenceu de que os altos e baixos que vivi podem servir de exemplo de superação. Sempre tive como conceito que "exemplos de superação" vem de pessoas que perderam membros do corpo, a visão, a fala ou tiveram uma doença grave e incurável, conseguiram dar a volta por cima e hoje são felizes e conseguem ter uma vida normal, mesmo com suas deficiências. Agora, se alguém acha que passar o que passei e chegar onde cheguei serve de exemplo, vamos tentar descobrir isso.

Meu pai nasceu pobre, estudou, ficou bem de vida, adoeceu, perdeu tudo o que tinha e morreu sem nos deixar um palito de fósforos. Eu nasci pobre, usufrui na adolescência do que meu pai conquistou e depois amarguei junto meus irmãos e a minha mãe a perda de tudo. Aos 16 anos meu pai se foi. Ao 19 minha mãe também. A partir daí fui o responsável por dar um destino à minha vida. Foram muitos altos e baixos até recomeçar "do zero", aos 40 anos de idade, apenas quatro anos atrás. Os acontecimentos que me levaram a isso, deixo para vocês lerem depois, no livro.

O que posso afirmar com certeza, que o que me trouxe até aqui foram apenas três coisas: determinação, fé e paciência, não necessariamente nessa ordem. Determinação para fazer as coisas da maneira certa, sem pisar nos outros, fé para acreditar nas coisas que eu era capaz de construir e paciência para esperar os resultados. Admito que paciência foi uma das minhas menores virtudes, mas soube tê-la nos momentos certos. Posso acrescentar que aceitar as críticas e saber tirar proveito delas também foi uma virtude - hoje elas me fortalecem assim como foram com minhas perdas. E dar a cara a tapa num blog e me expor com minhas opiniões, por exemplo, é a melhor maneira de aprender isso a cada dia.

4 comentários

Tiago Mota disse...

Escreva seu livro! Serei um dos leitores. A cara a tapa é realmente o nosso maior desafio. Somos julgados a todo instante pelas nossas opiniões, pela nossa visão de mundo, ora por pessoas que discordam e ora por pessoas que queriam dizer aquilo que dizemos mas não tiveram a capacidade de criar!

Visitei seu blog hoje pela primeira vez, gostei muito do seu posicionamento a cerca de diversos assuntos! Parabéns e continua na mesma trilogia!

Marcelo Farhat disse...

Como teu primo sou testemunha viva d tua historia! E tenho orgulho de tua retomada! Abracao

Anônimo disse...

Ogg...Meu querido amigo!
Estou distante do nosso Brasil.Hoje moro em Portugal,na cidade de Viseu.Conheci um pouco de ti e sempre admirei a sua inteligência,maturidade e determinação para alçançar seus objetivos.
Fico muito feliz em saber que estás na Record.Parabéns meu amigo!Vc merece muito mais pelo seu talento e amor pela profissão!
Saudades,sucesso e mais sucesso!
Publique seu livro e me comunique.Terei o grande prazer de ler!
Um grande abraço fraterno,
Com carinho,
Tua amiga...JORDS
Jordana AL-Hadeff

Terapeutas da Fala disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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