sábado, 24 de abril de 2010

Meiguice que contagia

Diz aí: sou ou não sou meigo?

Nunca vi, nesses meus 45 anos de vida, uma atitude que contagiasse tanto as pessoas. Falo da foto do Governador Serra na capa da Veja. A pose tipo "político-carente-precisando-de-voto" desperta carinho até nos mais sisudos machões (será mesmo?).

Se bem que, quem conhece nosso governador de perto sabe que ele não todo meiguice como demonstra na foto. Eu mesmo já tomei algumas patadas em coletivas ao lhe fazer perguntas um tanto indigestas. Mas também não é nada que magoe... Serra tem seu lado cativante quando está de bom humor (o que é raro!).


O mais engraçado de toda essa situação é que a pose tem sido repetida em todos os confins desse Brasil. Aqui mesmo na Record o Facebook de dezenas, centenas de colegas, foi invadido por fotos pessoais de maozinha no rosto e olhar lânguido pedindo cafuné. Mas não é só aqui não. No Twiter então, parece que só vejo posts de uma mesma pessoa, tamanha a quantidade de gente que decidiu adotar a mesma meiguice - uns com a mão direita colada ao rosto, outros com a esquerda, não importa! O que vale é saber fazer aquele olharzinho de cachorro pedindo comida. Pena que a gente não consiga baixar as orelhas como os cães.

Agora, se depender do número de simpatizantes que Serra ganhou com essa languidez toda, a eleição tá no papo (a de candidato meigo, claro). Ao contrário de Dilma que tem feição mais de mulher-mal-amada do que sogra viúva que mora com a filha e o genro. Quero ver a dama do PT vencer essa competição. Nâo me refiro à eleição e sim a de "candidato mais meigo do ano". E olha que não vale botox nem photoshop. Vai lá Dilma, amolece ai!

E só pra não ficar de fora, lá vai a minha pose "meiguice-a-toda-prova". Vamos ver se ganho do Serra.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

VIVA O HORÁRIO ELEITORAL NA TV!

"Nossa proposta vai mudar o país. Queremos mais dignidade, mais saúde, mais educação para o povo brasileiro. Precisamos acabar com a corrupção e limpar o congresso dos maus políticos. Nosso partido esta aí pra isso. Na hora de votar escolha gente do PPRTBGD e viva num país melhor".

Pois é, o mesmo lega-lenga de sempre retornou à propaganda eleitoral na TV. Quase todos os partidos tem essa premissa aí de cima como diretriz da campanha. Eles não são nem criativos para fazer algo diferente, afinal esse discurso é o mesmo que a gente vem ouvindo há séculos, o mesmo bla-bla-blá. Quem não conhece o Brasil até acredita que essa cambada vai à televisão falar sério. E o pior é que até eles mesmos acreditam que estão falando sério.

Mas o pior ainda está por vir: a campanha eleitoral que começa em julho e vai ocupar horários preciosos da tv com as maiores asneiras que a gente pode ouvir. Me dá até nojo saber que essa programação tá chegando. Graças ao bom Deus existe TV a cabo e controle remoto.

Fico imaginando que coragem esses políticos tem de ir à televisão pedir voto com toda a bandalheira que acontece na política desse país. "Eu prometo isso, prometo aquilo, vou lutar por isso e por aquilo...". Meus Deus, isso me dá ânsia de vômito! Mais indigesto ainda é ver políticos de carteirinha com processos nas costas e envolvidos em escândalos bradando essas frases.

Ser político hoje não é mais como antigamente. Vejam só: anos, mas muitos anos atrás, o "nobre" deputado entrava num restaurante e vinha aquela horda de garçons pra acompanhá-lo até a mesa, escolhida no melhor lugar da casa. O vinho era sempre cortesia. Não se podia pagar com cheque, mas o deputado podia. E o atendimento era o melhor e mais eficiente. Hoje, jogam o cara numa mesinha lá do fundo, depois dele esperar uma hora na fila. Pagar com cheque, nem pensar. É cartão de débito ou dinheiro com direito a conferencia de falsificação. Não tem mais vinho de cortesia e o atendimento é feito pelo garço mais lento da casa. O nobre depurtado ainda cochicha no ouvido do maitrê, na saída, "Não conta pra ninguém que eu vim aqui, tá? Senão vão investigar minhas contas".

A coisa tá tão decadente pros políticos brasileiros que outro dia, numa briga de rua, um cara chamou o outro de "seu político de Brasília". Noooossa, o cara ficou irado com isso, babava de raiva. Po, também né, chamar um cara de político? Puta ofensa meu!

E agora tá em discussão essa lei da ficha limpa. Aí também já é querer demais, né? Ja pensou em proibir de concorrer nas eleições todo político que tem algum processo nas costas? Vai sobrar muuuuuita cadeira vazia no congresso nacional! E quem a gente vai xingar depois? Quem é que vai receber os milhões de reais que o governo distribui no mensalão? Pra quem as empresas vão pagar propina pra aprovarem projetos? MEU DEUS, VAI SER UM CAOS!

A sorte desse povinho de Brasília, e também das câmaras municipais, assembléias legislativas, prefeituras e governos estaduais, é que o voto no Brasil é obrigatório. Se não fosse, ia ter muita gente entregando curriculo por ai depois das eleições. E ainda mais surpreendente que isso, e que nem é tão surpreendente mais, é que ainda se troca voto por conta de luz, dentadura, cadeira de rodas e saco de feijão. É quase uma volta ao escambo - pelo menos naquela época os políticos eram menos desonestos. Será que isso um dia existiu?

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Festa estranha com gente esquisita!

O que faz sucesso lá fora, faz sucesso aqui também. Pena que é tudo um lixo!

O Brasil tem mania de importar atitudes e culturas de outros países que não passam de baboseira. Estava lendo uma notícia no site da Folha que exemplifica bem isso. Primeiro você escolhe uma danceteria qualquer, uma bem grande que caibam umas 600 pessoas. Entregue a cada um que entra um fone de ouvido sem fio. Coloque alguns DJs pra animar a festa e pronto, a baboseira está completa. Quem não pegou fone de ouvido (porque só tinha uns duzentos) ficou com cara de abobado vendo um monte de gente pulando e cantarolando refrões sem um pingo de som no ambiente. Claro, a música estava só nos fones de ouvido (leia aqui a reportagem).

Esta "nova tendência" (onde, se ocorreu apenas uma festa dessas por aqui?) é chamada de Silent Party e foi importada de danceterias na Europa (claro, onde mais poderiam ocorrer besteiras como essa?). Eu não fui, mas só de imaginar me parece muito ridículo. É como ver aquelas pessoas em lojas de CD, ouvindo o que quer comprar e cantarolando alto sem saber que está sendo ouvido. E aquele mané que coloca um fone e começa a gritar no seu ouvido "NOSSA, ESSE SOM É MUITO MASSA!!" Cara, é muito chato isso. Além do mais, como é que você vai chavecar uma mina se ela nem vai ouvir o que você vai falar? Bom, em alguns casos é nem melhor ouvir mesmo!

Mas não é só esse tipo de festa que importamos. Alguém já participou da Pillow Fight, em bom portugues, Guerra de Travesseiro? Tão emocionante quanto. Junta-se um bando de doidos, alguns que até capricham vestindo pijama e pantufa, e ao grito do "um, dos três e já" começam a trocar travesseiradas até voar pena pra todos os lados. Indescritível, não? Os pais é que devem adorar ter de renovar a frota de travesseiros da casa depois.

E a tal da Flash Mob então? "Nossa, muito massa meu!". De repente você está no metrô e um bando de malucos liga um três-em-um-portátil e começa a pular, dançar e cantar na sua frente. A festa acaba na próxima estação. Ou senão, um grupo de protesto entra correndo numa repartição pública, tira a roupa, grita algumas palavras de ordem, veste a roupa e sai com a mesma velocidade que entrou. E nem rola uma surubinha!

É tudo coisa de gente que não tem o que fazer, acha essas besteiras na internet e "importa" pra cá. Agora, uma regra: tem que usar o nome em inglês pra ficar mais maneiro. Afinal ninguém ia querer ir numa "Festa do Silêncio", na "Guerra dos Travesseiros" ou numa "Mobilização Rápida".

Uma coisa é certa e eu apoio: deveriam adotar a moda da Silent Party em todos as comemorações em condomínios. Aliás, a lei do Psiu em São Paulo deveria obrigar esse tipo de festa em locais de moradia coletiva. Só assim a gente teria mais sossego em dia de aniversário.

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