quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pedro Simon, escândalos e jornais

Pedro Simon é um homem sábio. Pode ter dado algumas escorregadas na vida política, mas tem lucidez. Prova disso foi o que disse por estes dias num programa da Record News do Rio de Janeiro. Foi o seguinte: "Olha, eu coordenei a cassação do Collor. A CPI nasceu dentro do meu gabinete. Collor na época comprou um Fiat Elba com cheque do Paulo César Farias. O PC pagava com cheques seus todas as contas da Casa da Dinda. Tudo isso comparado com o que eu já vi na política brasileira até aqui, se eu pudesse voltar no tempo mandaria o caso do Collor para o juizado de pequenas causas".

Basta ver o número de escândalos protagonizados pelo governo nesses dois mandatos de Lula pra assinar embaixo do que Simon disse. O pior é que só o povo não vê isso e continua dando a ele altos índices de popularidade. O povo lê jornal, mas o usa mais pra embrulhar banana do que pra refletir.

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domingo, 26 de abril de 2009

Pouca-vergonha pouca é bobagem!

Eu tento com todas as forças, me desdobro para tentar acreditar que esse país é sério, mas não consigo. É muito difícil, um esfoço sobre-humano! Quando o escândalo das passagens aéreas do congresso veio à tona, a gente imaginava que a bandalheira ia acabar, que vão moralizar a coisa, cortar cabeças, cobrar o dinheiro de volta... mas não! A gente acaba vendo uma sujeira ainda maior que nem debaixo do tapete está - tá em cima mesmo. O descaramento desses pilantras que a gente eleje para criar leis no país extrapola os limites do bom senso, da razão. Aliás, esses caras nem sabem o que é isso... bom senso, razão. Eles só acham que tem razão, sem saber seu significado. E a ladroagem com as passagens aéreas é apenas a ponta de um novelo que envolve muito mais roubalheira do dinheiro público. Conforme publicou a Folha nesse domingo, esses indivíduos ganham 16 mil reais de salário mas tem pra gastar entre 50 a 120 mil reais por mês pra manter a corja que os cerca.

E sabe o que é pior? Que esses vagabundos da república ganham tudo isso pra aprovar projetos que "podem mudar a vida de muita gente". Por exemplo, os projetos que criam o Dia da Amamentação, o "Dia do Jacaré do Papo Amarelo", o "Dia Nacional da Preguiça" (talvez o que mais combina com o Congresso). Ou ainda perdem tempo em aprovar leis que dão nome a ruas e praças públicas e concedem titulos de cidadãos a famosos desconhecidos que nunca fizeram nada em prol de nada. Sabe a trabalheira que dá esse processo? O tempo que se perde com essas asneiras poderia ser aproveitado com coisas realmente importantes pro país.

Mas eles fazem coisas importantes sim. Se desdobram em sessões extraordinárias para aumentar os próprios salários. O que eles querem agora é bastante "honesto". Para acabar com a verba indenizatória que gera tantos escândalos, esses ladrões parlamentares desprovidos de caráter e escrúpulos querem incorporá-la aos seus vencimentos. Como essa verba é de cerca de 15 reais, o salário deles passaria para uns 31 mil por mês. Ou seja, querem legalizar o roubo, homologar a fraude, positivar a dilapidação. Meus Deus! Isso acontece e nada muda. Acho que o país viveria muito bem com apenas uns 20 deputados sérios e mais uns 10 senadores honestos (se é que eles existem). O resto da vagabundagem poderia ser mandado pro inferno... mas sem passagens aéreas bancadas pela câmara.

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ele é o cara. E eu mal sabia!

Ontem (quinta, 16) fui assistir ao show do pianista Burt Bacharach aqui em São Paulo. Confesso que quando recebei os convites (cortesia de uma amiga) fiquei meio receoso, apesar de sempre ter ouvido falar dele. Pensei "Putz, além de não ser da minha época, não me lembro de nenhuma composição do cara! Vai ser uma chatice". Lêdo engano! Descobri que Bacharach esteve muito mais presente na minha vida do que eu imaginava. Mas não em sua própria voz e sim nas canções com outros intérpretes que eu ouvia nos anos 70 e 80, além de regravações por grandes nomes nos anos 90. Eu não tinha ouvido o Burt mas sim artistas que o gravaram como Carpenters, Aretha Franklin, Tom Jones, Luther Vandross, Christopher Cross e, especialmente, Dionne Warwick. Soma-se ai ainda, as trilhas sonoras de filmes e seriados que me faziam ficar colado na tv naquela época. Quando as canções começaram a desfilar pelo piano do artista fui reconhecendo, uma a uma, as que embalaram meus bailinhos e namoros da adolescência e início da vida adulta. Das mais de 20 canções apresentadas, eu conhecia e cantei junto umas 15. Até minha mulher, 11 anos mais nova que eu, ficou surpresa por saber que algumas canções da época dela eram regravações de Bacharach. Foi uma belíssima e saudosa noite! E agora, quando eu ouvir algo novo, vou me perguntar se não seria também do cara. É... aos 80 anos ele ainda é "o cara"!

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Banquei viagem da Galisteu!

É verdade meus amigos! Andei bancando viagens da Adriane Galisteu por aí, inclusive da mãe dela. E olha que ela nem é minha sogra! Banquei e posso confirmar isso. E você também bancou, afinal é com o dinheiro dos meus e dos seus impostos que são pagos os salários dos deputados e as despesas deles. Mas infelizmente estas despesas se desviam de seus reais propósitos. Foi o que fez o depu"tadinho" Fábio Faria (PMN-RN) - que se fosse eu não Faria. Ele usou dinheiro da cota parlamentar pra pagar passagens da ex-namorada, ex-madame Senna, ex-madame Roger e ex-madame Gallo, e da mãe dela, inclusive, para Miami. Talvez ele tenha entendido errado o texto da resolução que prevê que "as cotas parlamentares são destinadas ao pagamento de viagens dos deputados aos seus Estados" e confundiu com "... aos seus Estados Unidos".

Pois é pessoal, Galisteu é mais uma mulher com a qual gastei dinheiro e não tracei!

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

O mundo dá voltas

Esse dito popular é verdadeiro. Assino embaixo com outro ditado: "Há males que vem para o bem". Poucas pessoas, apenas os amigos verdadeiros, sabem que enfrentei uma situação bastante complicada nos últimos dois anos em que morei em Campo Grande. Ali tenho poucos amigos e muitos "conhecidos" se diziam amigos. O fato de ser uma pessoa pública acabou me nomeando "amigo do peito" de várias pessoas com quem mal tive contato. O gozado foi que, ao deixar a TV (por conta própria, claro, e não por decisão da empresa como muitos disseram), esses supostos amigos desapareceram - me deletaram do MSN, da lista do orkut, das festas e eventos sociais. Não me fez falta! Eu precisava mesmo é de um recolhimento para avaliação das perdas. Foi o que fiz! Fiquei quieto no meu canto, abandonei as baladinhas, reduzi minha frequencia nos bares. Quando deixei a cidade a convite da Record para ir para Florianópolis alguns amigos, os de verdade, ouviram de gente que nunca frequentou minha casa: "Coitado foi embora porque não conseguiu mais nada aqui". Claro, mais nada que pudesse me fazer crescer, isso sim.

O mundo girou e agora ouço dos mesmo amigos que aqueles "supostos camaradas" agora me vêem em rede nacional, na apresentação do Jornal da Record ou em matérias especiais do Domingo Espetacular e dizem "Pô, o cara se deu bem mesmo! Amigão meu"! Amigão? Depois que conquistei reconhecimento nacional virei amigão de um monte de gente?

Depois de entrar para o time de apresentadores do Jornal da Record (e olha que é só nos plantões de sábado) os pedidos de amizade no orkut aumentaram, assim como de adição no MSN. Percebi também que as visitas ao blog também cresceram. Será que antes eu não tinha nada de interessante pra dizer e agora tenho? A esses que deixaram as farpas de lado e se tornaram meus "amigões do peito", o meu humilde agradecimento - foram vocês que com toda a falsidade despejada que me fizeram distinguir os amigos de verdade no meio de tanta hipocrisia. A estes, que independente de eu ser um jornalista nacional ou um "quebrado", o meu carinho e apreço eternos.

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sábado, 11 de abril de 2009

Obrigatório... mas por sua conta!

A partir de 2010 os carros com o sistema de freios ABS não serão apenas privilégio de quem pode pagar por um carro de luxo, que geralmente trazem o sistema de série. Uma resolução do CONTRAN, que deve sair agora em abril, pretende tornar o sistema obrigatório em todos os carros "zero km" nacionais. A partir de 2014, nenhum deles deverá sair da fábrica sem o equipamento. O Air-bag já foi aprovado e também passa a ser ítem de série. Os dois sistemas, segundo estatísticas, são eficientes na redução de acidentes e de traumas às vítimas. O Brasil é um dos últimos países do mundo (dos que consideramos "em desenvolvimento", pelo menos) a adotar a obrigatoriedade desses sistemas. Esperou-se a morte de milhares de pessoas no trânsito para que isso fosse uma preocupação. Só tem um detalhe: não pense que você vai comprar seu carro popular com esses sistemas sem pagar mais por isso. O aumento deverá ser em torno de 10% do valor do veículo. Ou seja, você vai desenbolsar cerca de 2.800 reais a mais pela "obrigatoriedade".

No Brasil é assim, você paga por tudo que é obrigatório, mesmo que seja uma questão de segurança. E até de saúde, já que o uso do air-bag traz uma diminuição no trauma sofrido pelo motorista e passageiros nas colisões, reduzindo também o atendimento no sistema de saúde, seja ele público ou privado. Nos Estados Unidos, quando as coisas se tornam obrigatórias, o governo ou as próprias empresas arcam com os custos da mudança. E o consumidor tem o direito de escolher se quer essa segurança a mais ou não. É o caso do uso de capacetes. Sou a favor, claro. Mas lá fora só usa quem não quiser rachar a cabeça num acidente. Quem não quiser usar, é um problema dele arcar com seu próprio risco e não será multado por isso. Acho justo! Alguns governos deixam a critério das pessoas optar ou não pela sua segurança extra. Aqui, além de ser obrigatório, é caro e sujeito à punição. Pior do que isso - quase nada é fiscalizado. Pior ainda, vira indústria de multa pra sustentar roubos de dinheiro público.

Concordo plenamente com a obrigatoriedade do ABS e do air-bag. Só não concordo que isso encareça ainda mais veículos que já carregam no porta-malas uma carga insuportável de impostos (em torno de 54%). Mais uma vez esse governinho que tá ai empurra pro povo a responsabilidade de uma questão que é dever do estado. E ainda cobra caro por isso!

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Furto suspeito... muito suspeito!

Sofri hoje meu primeiro infortúnio em São Paulo (e Deus quera que seja o último). Ao voltar para o carro da equipe depois de gravar uma entrevista, ele estava "limpo". Levaram minha mochila com boa parte da minha vida dentro, as dos meus colegas de trabalho e um equipamento de iluminação. A matéria era sobre denúncias contra policiais da região de Cotia que queriam extorquir um pobre frentista. A conversa foi na casa de uma polêmica advogada que já arrumou várias encrencas com policiais corruptos e os enfrenta de peito aberto. Assim que saímos pra rua, "coincidentemente", um carro de polícia passou como se tivesse lido nossos pensamentos e descoberto o furto. Coincidência mesmo? Nossa fonte afirma categoricamente que não, que aquilo fora uma "represália" por estarmos mexendo em caixa de marimbondo. Se estou com medo? Sim... e muito! Afinal de contas enfrentar fila pra correr atrás de todos os documentos novamente apavora... hehehe. Ah... preocupado com a denúncia? Também! Afinal a matéria precisa ir "bonitinha" pro ar pra mostrar pra essa raça de funcionários públicos travestidos de bandidos que distintivo não dá poder pra ninguém. Meu único medo é não conseguir cumprir bem o meu papel de denunciar o que tá errado nesse país.

Em tempo: não tinha postado esse assunto ainda quando recebi uma ligação informando que "a polícia" de Cotia tinha achado todos os meus documentos. Inclusive talões de cheques intactos e 10 cheques preenchidos e assinados que estavam na minha agenda. Bonzinhos esses ladrões, não?

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ainda falta respeito e vergonha na cara

Vejam isso: "A partir de 1.º de dezembro (2008), o prazo máximo de espera nos serviços de atendimento ao consumidor -SAC -será de um minuto, exceto em situações especiais. Nesta data, entram em vigor o decreto 6.523/08 e a portaria 2.014/08, que definem novas regras para esses serviços e determinam o tempo máximo de espera do consumidor para receber o atendimento telefônico. As novas regras foram estabelecidas pelo Governo Federal e valem para o atendimento dos serviços regulados pelo poder público federal: energia elétrica, telecomunicações (telefonia fixa e móvel, tv a cabo, internet), planos de saúde, aviação civil, empresas de ônibus, bancos e cartões de crédito fiscalizados pelo Banco Central".

Agora eu lhes pergunto: alguém consegue ser aendido dentro do tempo previsto nestas regras? DUVIDO! E mudo de sexo quando houver respeito das empresas nesse sentido. Vamos a dois bons exemplos: NET e CLARO.

Bom, a NET (acho que nem preciso dizer) é a campeã de reclamações no Procon. O cliente fica mais de um minuto só pra acessar os menus e ter o atendimento de um Zé Mané qualquer que vai te enrolar por mais uns 20, 30 e até 40 minutos como foi o caso da minha esposa. Era uma simples tentativa de transferir a assinatura de Florianópolis para São Paulo - coisa que a NET conseguiu transformar numa verdadeira romaria telefônica. Foram pelo menos duas semanas tentando, uns 15 atendentes, várias respostas mal-criadas e grosseiras por parte deles e nenhuma solução. Nos sentimos marginais que cometeram crimes a espera da sentença. Uma das atendentes, inclusive, achou ruim e foi grossa quando minha esposa pediu que ela aguardasse "um minutinho" enquanto procurava uma fatura anterior. "Não posso perder tempo minha senhora", respondeu ela. Mas e os 40 minutos aguardados por nós antes? Nós podemos perder tempo?! No final o melhor foi cancelar a assinatura e contratar outro serviço de tv a cabo (bem melhor por sinal. A outra empresa nos atendeu rapidamente e no mesmo dia do pedido estava tudo instalado e funcionando.)

Outra penúria foi a transferencia do nosso contrato de celular corporativo. Outra novela que demandou duas semanas de ligações e uma fila homérica na loja pra trocar o chip. Essa historia também de que a gente fica menos de 15 minutos em fila de banco, como manda a alei, é outra balela. Me pergunto então: pra que criar uma lei dessa se ela não é respeitada e nem fiscalizada? Alguém já reclamou da demora no banco e foi atendido? Alguem sabe de alguma agência que foi punida pela demora no atendimento? Ou companhia telefônica? Ou qualquer outro serviço? NUNCA! E nós consumidores continuamos a ser reféns desse desrespeito que nos torna seres insignificantes diante de alguns monópolios. Cade a fiscalização desses serviços? Cade a aplicação da lei? Nos Estados Unidos a gente pode processar uma empresa pela simples dificuldade de abrir uma embalagem. Mas não quero mudar pra lá - quero que as coisas funcionem aqui, no país onde nasci, fiu criado e trabalho. Como muitos dizem, não acho que a saída é a plataforma de embarque do aeroporto. A saída seria o governo tomar vergonha na cara e cuidar realmente do que deveria - a dignidade de seus habitantes.

E aproveito pra lhes dar uma dica: acessem o site Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br). É uma boa maneira de tentar resolver seus problemas já que com seus direitos você não consegue. Pelo menos é uma maneira de expor as cretinices e o desrespeito de algumas empresas que nos fazem de gato e sapato.

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