segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vou ser pai. AI MEU DEUS!!


A ficha está começando a cair na mesma proporção em que a barriga cresce. E ainda bem que não é a minha. É... vou ser pai! De novo. Mas desta vez, de fato, não só de direito. Fui de direito a partir de 1991 quando tive o prazer de criar duas filhas no meu primeiro casamento. E elas são minhas grandes paixões até hoje. E jamais vou abrir mão de ser o "pai" delas. Assim como elas não abrem mão de serem minhas filhas. Mas elas já estavam grandinhas - Thaysse e Thassyane tinham 5 e 3 anos, respectivamente. Pegava no colo, colocava na cama, ouvia choradeira, dava bronca... mas não trocava fraldas nem dava mamadeira. Elas já tinham passado dessa fase fazia tempo. Agora não! Isso se tornará real.

Conversando com um amigo ele me disse: "Cara, você vai ver a barriga dela crescer, vai sentir os chutes, vai assistir aos ultrassons... mas tua ficha só vai cair mesmo quando você estiver na maternidade e segurar nos braços aquela coisinha enrrugada e roxa. Aí sim vai sentir que virou pai!". E acho que isso é mesmo verdade. Tenho curtido demais a barriga crescendo, os ultrassons onde o "feijãozinho" dança, o som do coraçãozinho batendo. Mas ainda parece que aquilo tudo ali não é meu. E não vejo a hora de ver que É MESMO!!

As vezes me sinto um perfeito babão, conversando com a barriga da minha mulher, usando o umbigo como megafone. E o pior: como ainda não sabemos o sexo, fica aquela coisa de "Oi meu bebê, minha bebê. Você tá quentinho, quentinha aí dentro? Essa menininha, menininho tá dando trabalho pra mamãe". Minhas frases tem quase o dobro do tamanho pra incluir os dois gêneros. Quando levanto a cabeça vejo as minhas duas cachorrinhas me olhando de forma estranha como quem quisesse dizer uma pra outra: "Coitado, tá maluco esse cara!".

Na verdade, estou curtindo uma fase que nunca passei na minha vida, aos 46 anos de idade. Chego na banca e ao invés das revistas de carro, levo edições de "decoração de quartos de bebê", "pai de primeira viagem", "como trocar fraldas" e "limpando o vômito do banco do carro". Meu "Favoritos" no laptop está inundado de sites de saúde na gestação, exercícios para grávidas e tudo sobre enjôos. Isso porque ainda não começamos os cursos que vão nos ensinar a esquentar mamadeira, trocar fralda, dar banho e fazer ele parar de berrar. Só tenho um receio: espero que eu aprenda tudo isso até dezembro!

O mais engraçado é que também estou sentindo desejos solidariamente. Outro dia me salivou a boca só de pensar em Neston com leite. Caraca! Acho que não como isso desde os 8 anos de idade. Neston ainda existe? Alguém me arruma umas 10 latas?

E o sono dela então? Ela chega em casa da rua, senta no sofá e Zzzzzzzzzz...! Entra no carro e Zzzzzzz...! Espera na recepção do médico e Zzzzzzzz...! Não vou estranhar se alguém me ligar so supermercado qualquer dia desses e ouvir "Senhor, me desculpa mas esse era o primeiro número da agenda do telefone dela. O senhor pode vir buscar sua mulher? Ela está deitada sobre a banca de bacalhau!"

Outro dia estranhei uma postagem dela no Facebook. Era uma coisa assim: "Hoje passei o dia com enjoossssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss.... Descobri que ela cochilou escrevendo o texto.

Agora, por favor, me ajudem. Alguém aí conhece uma "comadre" portátil? Dessas que dá pra levar na bolsa e usar com o carro em movimento. Caramba, como pode sair tanto xixi de uma pessoa só? Mesmo que ela esteja fazendo por dois, impossível alguém produzir tudo aquilo! Dá pra encher os piscinões da Zona Leste! A gente tranca a porta e chama o elevador. Quando ele chega, ela abre a porta de novo e corre pro banheiro. Isso depois de 3 minutos de ter saído de lá. Quando chegamos à garagem, vai ao banheiro de novo. Se o semáforo demorar mais que 40 segundo, vou ter de achar um banheiro público. No restaurante ela passa mais tempo fazendo xixi que desgustando o camarão. E olha que nem tá bebendo cerveja, senão... Tá pior que a Telesena, que é só de hora-em-hora.

Bom, brincadeiras a parte, estamos vivendo o melhor momento de nossas vidas. Até ele/ela vir ao mundo. Depois, serão melhores ainda. Cocô demais? Vômito demais? Fraldas pra trocar demais? Choro demais? Não importa, esse é preço que se paga por um presente como esse. E, tenho certeza, vou curtir cada acordada de madrugada pra tentar amenizar aquela trombeta. Nem vou me incomodar com as pouqíssimas horas de sono.... Ai meu Deus! Será?  

Continue lendo...