segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Música contra o desrespeito

Poderíamos fazer isso também com as prestadoras de serviço (telefonia, tv a cabo e outros) que nos tratam com desrespeito e indiferença. Quem sabe assim os serviços melhoram e elas param de pisar na gente como formigas invadindo um pequenique. Vale a pena ver. É a história de um músico que teve o violão quebrado durante um voo da United Airlines. A empresa não quis indenizar e ele fez um clipe pra reclamar. Teve milhares de acessos no Youtube e agora a empresa está oferecendo qualquer coisa para que ele tire do ar.

Continue lendo...

domingo, 30 de agosto de 2009

Fazer o bem faz bem demais!

A cada dia estou ainda mais convicto de que Deus realmente faz as coisas como deve ser. Muitas vezes já me questionei porque Ele faz isso ou aquilo como levar as pessoas que a gente gosta, nos tirar animais de estimação, quando perdemos um emprego ou ficamos com alguma doença grave - questiono porque Ele faz isso se é tão bom assim. Depois vejo que é por algum motivo mais nobre. Apesar de não ser frequentador de nenhuma religião, mas com a espiritualidade e a fé muito fortes, faço minhas orações diariamente, agradecendo a tudo que possuo. Uma coisa eu sei: nada acontece por acaso e sem o aval Dele.

Na sexta feira fui buscar minha sogra no aeroporto. Ela veio do Acre, onde mora, para consultas médicas em São Paulo. Ao aguardá-la no desembarque em Cumbica nos deparamos com uma mulher em torno dos seus 30 anos com um filho de sete. Ela parecia perdida, sem saber pra onde ir e o que fazer. Visivelmente de origem muito humilde, mora numa fazenda em Xapuri, terra de Chico Mendes. Vi que minha sogra se aproximou dela para falar algo. Me aproximei e conheci seu drama - a mulher veio a São Paulo para que o filho, com problemas intestinais, fosse operado. Ela fora encaminhada por uma unidade TFD (tratamento fora do domicílio) de Xapuri, para uma consulta num hospital no Morumbi. Me chocou sua situação. O voo que a trouxe, e à minha sogra também, chegou em Cumbica por volta de meia noite de sexta. A mulher com o filho nunca tinham viajado de avião, não conheciam Sao Paulo, nem sabiam pra onde ir. Estavam perdidos e apavorados. O máximo que ela tinha no bolso eram 70 reais, dinheiro que o marido lhes reservou para a viagem. Ela queria ir até o hospital naquela hora pra saber o que fazer, já que a cirurgia seria somente na segunda feira. Não pensei duas vezes - trouxe ela para a minha casa com o menino e a acolhi. Era o mínimo que eu poderia fazer naquela situação. Me comovi com o fato de ela ter sido mandada a São Paulo sem nenhum tipo de amparo. Simplesmente a colocaram num avião com passagens pagas pelo SUS não se importando como e onde ela iria ficar até o dia da consulta.

Minha sogra me contou depois que a mulher a ajudou no avião quando ela, com problemas de saúde, passou mal. A humilde moça tirou seu casaco e o do filho, cobrindo minha sogra que teve queda de pressão. Talvez se ela não tivesse feito isso, nós não teríamos a conhecido e provavelmente ela ainda estaria na calçada do aeroporto esperando a segunda feira chegar pra ir ao hospital, sem dinheiro e sem saber como. E eu decidi trazê-la pra casa mesmo antes de saber que ela tinha ajudado a mãe da minha esposa durante o voo, mesmo sem conhecê-la, sem saber da sua índole. Naquele momento o que mais importava para mim e minha esposa era tirar aquela mulher com o filho da rua, do frio e poder ajudar da melhor forma.

No sábado, levei-a até o hospital para confirmar a consulta de segunda-feira. Estava tudo ok. Perguntei se havia alguma casa abrigo para recebe-la e a senhora que me atendeu, dona Janete, confirmou que sim, mas que ela deveria ter vindo com o encaminhamento de Xapuri. Felizmente o médico que estava de plantão consentiu em internar o garoto naquele dia mesmo por falta de lugar para que eles ficassem. Eu ja estava disposto a traze-la novamente para casa e acolhe-la até a segunda-feira. Mas tudo acabou se resolvendo no hospital. Sai dali agradecendo a Deus pela oportunidade de poder ajudar alguem. A mulher se despediu de mim de com lágrimas nos olhos e eu ainda mais pela felicidade que pude proporcionar a ela. Fiquei pensando depois o que poderia ter acontecido se a minha sogra nao tivesse passado mal e ela não tivesse ajudado. Deus realmente faz as coisas como elas devem ser. E além de agradecer todos os dias pelas coisas que tenho, agradeço também pelas oportunidades que Ele me dá de poder ajudar alguém. A felicidade que isso me trouxe não tem preço.

Mas fica a minha indignação com um sistema de saúde falho que joga as pessoas em situações desesperadoras, como a dessa mulher, sem dar-lhes o apoio necessário. Se algo de mal lhe acontecesse em São Paulo, de quem seria a culpa? Não haveria. Os culpados estariam escondidos atrás da vergonha que são alguns serviços públicos do nosso país.

Continue lendo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Celular mortal

O vídeo abaixo deveria servir como exemplo para muitas pessoas que costumam falar ao celular, enviar e receber mensagens enquanto está dirigindo. É forte, contundente e chocante, mas talvez nos traga uma reflexão.



No Brasil deveriam existir campanhas assim, para quem bebe e dirige também. Quem sabe assim alguma coisa muda e as pessoas parem de matar e morrer.

Continue lendo...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

SAÚDE OU LIBERDADE?

A guerra contra o cigarro em São Paulo, e que agora está se espalhando para outras capitais do país, está revelando números que são, significativamente, mais fortes do que argumentos de tabagistas descontentes com a restrição do que eles chamam de "liberdade". Segundo a Dra Jaqueline Scholz Issa, cardiologista do INCOR, a simples adesão a lei anti-fumo pode diminuir em até 3 mil o número de mortes por AVC e enfarte, causados pelo cigarro. Outra constatação, desta vez da Secretaria Estadual de Saúde, é a melhoria da qualidade de vida dos funcionários de bares e restaurantes com a restrição. Um estudo comprova que um garçom que trabalha das seis da tarde às duas da manhã estava inalando fumaça equivalente a fumar cinco cigarros, mesmo que ele nunca tenha colocado um na boca. Já os frequentadores não-fumantes do estabelecimento, que permanecem tres horas em média no local, estavam tragando o equivalente a 3 cigarros por noite.

São dados para refletirmos e percebermos que tudo isso é uma questão de SAÚDE e esta acima da questão LIBERDADE. Os fumantes se tornaram minoria no mundo inteiro. Numa empresa em que estive hoje, por exemplo, dos 600 funcionários apenas 40 são adeptos do cigarro - menos de 10%. Destes, 25 aderiram a um programa desenvolvido pela empresa para parar de fumar. Os demais aceitaram reduzir o vício. Ou seja, a constatação é de que a maioria dos fumantes deseja largar o fumo mas se acovarda atrás de justificativas tipo "estou tentando, mas não consigo". Na verdade quem quer parar, PÁRA, não TENTA!

Outra coisa: perguntei a vários donos de estabelecimentos se a lei provocou redução do número de clientes. A resposta foi bastante clara: NÃO MUITO! O que diminuiu um pouco foi a quantidade de álcool consumida porque o cigarro estimulava as pessoas a beberem mais. PUXA VIDA, QUE PREJUIZO ISSO!! Tenha paciência! Estamos matando aí dois coelhos com uma porrada só - acabar com um vício que coloca em risco a saúde das pessoas e contribuir para que menos pessoas sejam atropeladas nos pontos de ônibus ou nas faixas de pedestres por alguém que se excedeu na bebida.

Não quero bancar aqui o paladino da justiça, mas as pessoas que dizem ter perdido sua liberdade por causa da restrição ao cigarro "apenas em locais públicos fechados e cobertos" e que ainda podem fumar quantos cigarros quiserem no meio da rua, precisam entender o significado de "liberdade". Estar numa cadeira de rodas por um acidente de carro ou preso numa penitenciária por um crime qualquer talvez façam os fumantes entenderem o real sentido da palavra.

Continue lendo...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Rodococa" na Bolívia com dinheiro brasileiro

Notícia divulgada na imprensa nacional e internacional:

"Em plena campanha pela reeleição, o presidente da Bolívia, Evo Morales, preparou um grande comício para receber o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na região cocaleira de Chapare, no departamento de Cochabamba, berço político do boliviano. Cerca de cinco mil pessoas acompanharam o encontro de Lula e Morales, no estádio de Villa Tunari, pequena cidade de 2.500 habitantes, onde foi assinada a autorização de um financiamento do governo brasileiro de US$ 332 milhões para construção de uma rodovia de 306 quilômetros. A região visitada por Lula é a maior produtora de coca na Bolívia, cujo principal mercado consumidor é o brasileiro. ..."

Diante do assunto, algumas perguntas permeiam meus pensamentos:

- o Brasil quer criar uma nova CPMF para a gripe suína mas tem dinheiro para financiar estrada na Bolívia?
- o Lula quer ser presidente do Brasil de novo ou o próximo da Bolívia?
- será que podemos chamar essa estrada de "Cocavia" ou "Rodococa"?
- será que a cocaína vai ficar mais barata no Brasil já que vai ter um escoamento melhor?
- e as nossas estradas que estão péssimas, como ficam?

Eu canso de me perguntar, mas ninguém quer ter o trabalho de responder. Enquanto isso o Sarney se safa. Ó vida!

Continue lendo...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gripe Suína: casualidade ou armação?

Recebi o texto abaixo por email. Geralmente não disparo pra ninguém, mas achei-o interessante. Antes, pesquisei o nome do médico que o assina na internet e parece que ele realmente existe. Só encontrei referências em outros blogs, mas também uma entrevista que ele deu a um site peruano (leia aqui), portanto acredito ser verdadeiro. Suas declarações não me apavoram porque sempre acreditei que a gripe suína fosse alguma armaçao, como disse num artigo tempos atrás (A gripe dos milhões de dólares). Veja e tire suas conclusões.

"Duas mil pessoas contraem a gripe suína e todo mundo já quer usar máscara. Vinte e cinco milhões de pessoas têm AIDS e ninguém quer usar preservativo!

Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe porcina? No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vitimas da Malária, que se podia prevenir com um simples mosquiteiro. Os noticiários, disto nada falam! No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.
Os noticiários disto nada falam! Sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano. Os noticiários disto nada falam! Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves, os noticiários mundiais inundaram-se de noticias. Uma epidemia, a mais perigosa de todas. Uma Pandemia!Só se falava da terrífica enfermidade das aves. Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos. 25 mortos por ano.


A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

Então, por que se armou tanto escândalo com a gripe das aves? Porque atrás desses frangos havia um "galo", um galo de crista grande. A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflu vendeu milhões de doses aos países asiáticos. Ainda que o Tamiflu seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população. Com a gripe das aves, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.

Antes com os frangos e agora com os porcos. Sim, agora começou a psicose da gripe porcina. E todos os noticiários do mundo só falam disso.
Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo. Só da gripe porcina, a gripe dos porcos. E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um "galo", atrás dos porcos não haverá um "grande porco"? A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflu. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretário da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque. Os acionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflu. A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde. Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países. Mas se a gripe porcina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação e se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, por que não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?


Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa sim seria a melhor solução. Os meios de comunicação naturalmente divulgam o que interessa aos patrocinadores, não aos ouvintes e leitores.

Dr. Carlos Alberto Morales Paitán
CMP 12378 CR III - RNE: 4534
Médico Pediatra do Hospital del Niño, em Lima, Peru."

Continue lendo...

Só pra começar o dia.... MAL!!!

Notícias que dão nojo:

"Depois de arquivar 11 processos contra o senador José Sarney (PMDB-AP), o Conselho de Ética do Senado também enterrou nesta quarta-feira, por unanimidade, representação do PMDB contra o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM). "

E agora mais uma:

"Em momento de queda na arrecadação de tributos federais, o PMDB, maior partido do Congresso e principal aliado do governo, decidiu apoiar a recriação da CPMF, batizada agora de CSS (Contribuição Social para a Saúde)..."

Conselho de Ética? Ética pra mim tem outro significado.
E a CPMF pra gripe suína (ou será para fundos de campanha política?). Será que acabam com ela quando o verão chegar e a gripe sumir?

Depois, a briga entre a Record e a Globo é que é importante. Êta país de gente ignorante!!!

Continue lendo...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Tabagismo com os dias contados?

Da secretaria de Saúde de São Paulo:

Após uma semana, adesão à lei antifumo é de 99,2%

Na primeira semana da lei antifumo, as blitze diárias de fiscalização constataram que a adesão dos paulistas à norma é praticamente total. Durante os sete primeiros dias de vigência da lei, foram fiscalizados 7.428 lugares. Desses, 99,2% já cumpriam a lei. Apenas 55 estabelecimentos foram multados pelos agentes da Vigilância Sanitária e do Procon. As autuações corresponderam a menos de 1% dos locais fiscalizados.

No interior de São Paulo, foram realizadas 4.879 fiscalizações, com 41 autuações. Já na capital paulista, foram 2.549 fiscalizações e 14 multas aplicadas. As ações continuarão ocorrendo diariamente, em horários variados, incluindo madrugadas, dias úteis e finais de semana. A adesão confirma o que já vinha sendo constatado durante as blitze educativas, realizadas antes de a lei entrar em vigor, quando os fiscais orientaram os estabelecimentos sobre as medidas a serem tomadas. Nesse período, 84% dos estabelecimentos visitados já haviam proibido o cigarro em ambientes fechados.

Será que, ao contrário da Lei Seca, a do cigarro vai pegar?

Continue lendo...

Frase fantástica

Nessa terça, na estréia do programa Ídolos, da Record, o jurado Marco Camargo soltou uma esplêndida frase:

"MUITAS VEZES, AUTO-DIDATA É UM IMBECIL POR CONTA PRÓPRIA!"

Encaixa-se perfeitamente em alguns exemplos que vemos por aí. Pra ser político precisa estudar ou se aprende sozinho?

Continue lendo...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tem rolo aí...

Publicado hoje numa coluna da Folha de São Paulo:

"A Prefeitura de São Paulo ordenou ontem a suspensão da veiculação um programa da Globo que seria exibido em 300 ônibus da cidade, informou nesta terça-feira a coluna Outro Canal, assinada por Daniel Castro na Folha de S.Paulo. A ordem também determinou o corte de sinal digital da rede em outros 30 veículos. A estreia do serviço foi ontem. A prefeitura alega que a parceira da Globo nesta operação, a Bus Midia, não enviou o material com antecedência para a SPTrans. A empresa que cuida dos transportes exige que o material a ser exibido seja entregue uma semana antes para avaliação."

Pois é, o que a "planinada" quer é fazer todo mundo que anda de ônibus engolir sua programação na marra. Isso sim é que eu chamo de tentar recuperar a audiência a todo custo.

Continue lendo...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aprendendo com as dores e as críticas

Estou começando a escrever um livro. É a segunda vez que tento fazê-lo. Da primeira, uns quinze anos atrás, ensaiei fazer uma coisa meio ficção, meio história real. Eu pretendia juntar algumas histórias verdadeiras que presenciei com uma maquiagem surrealista. Não sei no que ia dar, mas desisti antes mesmo de concluir o primeiro capítulo. Agora, incentivado por um amigo, resolvi reinvestir no meu lado literário.

Mas, desta vez, nada de ficções romanceadas misturadas com algumas verdades. Resolvi escrever sobre a minha história. Não que ela seja recheada de curiosidades - é mais provável que sirva de remédio contra a insônia do que despertar algo novo em alguém. Mas meu amigo me convenceu de que os altos e baixos que vivi podem servir de exemplo de superação. Sempre tive como conceito que "exemplos de superação" vem de pessoas que perderam membros do corpo, a visão, a fala ou tiveram uma doença grave e incurável, conseguiram dar a volta por cima e hoje são felizes e conseguem ter uma vida normal, mesmo com suas deficiências. Agora, se alguém acha que passar o que passei e chegar onde cheguei serve de exemplo, vamos tentar descobrir isso.

Meu pai nasceu pobre, estudou, ficou bem de vida, adoeceu, perdeu tudo o que tinha e morreu sem nos deixar um palito de fósforos. Eu nasci pobre, usufrui na adolescência do que meu pai conquistou e depois amarguei junto meus irmãos e a minha mãe a perda de tudo. Aos 16 anos meu pai se foi. Ao 19 minha mãe também. A partir daí fui o responsável por dar um destino à minha vida. Foram muitos altos e baixos até recomeçar "do zero", aos 40 anos de idade, apenas quatro anos atrás. Os acontecimentos que me levaram a isso, deixo para vocês lerem depois, no livro.

O que posso afirmar com certeza, que o que me trouxe até aqui foram apenas três coisas: determinação, fé e paciência, não necessariamente nessa ordem. Determinação para fazer as coisas da maneira certa, sem pisar nos outros, fé para acreditar nas coisas que eu era capaz de construir e paciência para esperar os resultados. Admito que paciência foi uma das minhas menores virtudes, mas soube tê-la nos momentos certos. Posso acrescentar que aceitar as críticas e saber tirar proveito delas também foi uma virtude - hoje elas me fortalecem assim como foram com minhas perdas. E dar a cara a tapa num blog e me expor com minhas opiniões, por exemplo, é a melhor maneira de aprender isso a cada dia.

Continue lendo...

domingo, 16 de agosto de 2009

A guerra é outra e ninguém ta vendo

Enquanto se discute o destino de dízimos e as falcatruas globais, o Brasil caminha por uma trilha estreita entre a falta de vergonha e o mal caratismo dos nossos políticos. Será que essa batalha a quem a Globo está dando exagerada importância, talvez por despeito ou desespero, é mais importante que os desmandos e abusos cometidos por Sarney? Será que saber o destino do dinheiro de oito milhões de fiéis da igreja evangélica é mais importante que saber o destino do dinheiro de mais de 190 milhões de brasileiros que pagam impostos? Pelo amor de Deus gente, uma podridão muito maior reina nos bastidores de Brasília, é denunciada há muitos anos, mas nada acontece. O que vemos são os mesmos lideres de quadrilha - essa sim uma quadrilha de verdade - que há muitos anos vem dilapidando os cofres do nosso país às nossas custas e ainda nos despreza como se fôssemos ignorantes ou simples fantoches nas mãos deles. Sarneys, Collors, Calheiros... esses sim deveriam ser alvo do Ministério Público, da Polícia Federal, da Justiça Brasileira. Mas como todos andam de mãos dadas, nada acontece.

Nós brasileiros somos ignorantes. Nos frustramos e até nos rebelamos quando um fim de novela não é o que esperávamos mas não damos a mínima para o resultado de uma sessão do congresso onde arquiva-se denúncias graves contra essa quadrilha que age em Brasília impunimente. Abrimos fóruns de discussão na internet para questionar o último vencedor dos BBB da vida mas não somos capazes de assinar um manifesto "Fora Sarney". Meu blog fica cheio de comentários quando falo do embate Record/Globo mas não recebe mais que tres linhas quando exponho as barbaridades que vemos na política.

Aonde vamos chegar desse jeito? Não aguento mais ver as pessoas discutirem sobre a "Fazenda" ou o "No Limite" mas nem saber o que são "atos secretos". Ou vibrar com a briga da Ivone e da Melissa e não esboçar qualquer opinião sobre o bate-boca de Calheiros-Collor-Simon. Por isso que o Brasil é o que é - o país das maravilhas onde somos um monte de Alices deslumbradas com tudo que vemos, enganadas por um coelho barbudo e um chapeleiro de bigodes fartos que tenta nos convencer que ali é o lugar ideal pra se viver.

No ultimo sábado mostrei no Jornal da Record uma denúncia grave: tripulantes de vôos comerciais de algumas empresas admitem que voam doentes, colocando em risco a saúde dos passageiros. E ninguém sabia disso porque o estado de saúde dos funcionários é escondido da empresa. Ou seja, por medo de demissões, comissários e até pilotos, sobem nos aviões gripados, com problemas psiquiátricos ou outras doenças contagiosas, e não comunicam isso as companhias porque licença médica virou sinônimo de demissão nas empresas aéreas. O gozado é que nínguem comentou isso comigo no blog e nem por email. Realmente não deve ser importante milhares de passageiros correrem o risco de ficar doentes por esse ato irresponsavel. Vou continuar escrevendo sobre amenidades ou guerra de egos. Quem sabe assim minha audiência sobe. Boa semana a todos!

Continue lendo...

sábado, 8 de agosto de 2009

Seja chato com seus filhos sem culpa

Uma jovem de 15 anos, alegre e saudável, morre de repente durante um vôo de volta pra casa, depois de um passeio na Disney. Parece surreal. Os pais que a esperavam no desembarque no aeroporto de Guarulhos, só souberam da morte depois que todos os passageiros do vôo pegaram suas malas e cairam fora. Não houve um pingo de consideração. Nem por parte da empresa aérea, nem por parte da agência de viagens que levou o grupo.

O caso deixa no ar uma série de perguntas sem respostas. Primeiro, porque a estudante teve a premissão de embarque já que as companhias impedem que pessoas doentes voem? Depois, porque a agência que levava o grupo não comunicou o estado de saúde de Jaqueline na hora do check in, o que era obrigatório? Também, porque não comunicou à família que ela passou mal no Panamá e ainda, porque não pediu atendimento médico pra ela naquele momento? Se tudo tivesse acontecido como preve o protocolo da aviação, uma jovem saudável e com uma vida inteira pela frente não teria morrido. Que houve negligência, isso está bastante claro! Mas de quem? Quem podemos culpar por ela não estar aqui, hoje, revendo as fotos da viagem com as amigas e a família?

Muitas vezes acusam a nós, pais, de excesso de preocupação com os filhos, de superproteção. Mas é esse exacerbado controle que pode impedir que algumas tragédias aconteçam. Vou dar um exemplo distante do drama vivido pela família Ruas, mas que ilustra o fato. Um vez sai de casa pra passear com nosso cãozinho de estimação pela garagem do prédio. Não levei a coleira porque achei o local demasiadamente seguro. Spyrro, como se chamava, acabou morrendo atropelado sob as rodas de um incauto morador que não deu o mínimo valor à vida de um animalzinho.

Sei que não podemos trancafiar nossos filhos sob as garras cruéis do controle familiar, mas bancar "os chatos" sempre não vai doer neles como sua perda doerá em nós. Como diziam meus avós: "o seguro morreu de velho". Prefiro ser chato sempre do que não poder ser mais com quem amo.

Continue lendo...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Croquetes e chope sem nicotina

Até que enfim! A partir de sexta-feira, pelo menos aqui em São Paulo, não vou ter mais de aturar fumaça de cigarro enquanto eu estiver no bar tomando meu choppinho ou no restaurante degustando uma bela massa. Bendita a lei paulista que proíbe o tabagismo em ambientes de uso coletivo, cobertos ou não, públicos ou privados. Não sou fumante, nunca fui e não discrimino quem fuma. Só não quero voltar pra casa cheirando a cinzeiro ou aspirar, sem querer, a fumaça corresponde a cinco cigarros durante aquelas duas horinhas em que eu estiver no bar. Sinto muito, caros fumantes, mas agora vocês que nunca me perguntaram se poderiam acender um cigarro ao meu lado, vão ser obrigados a engolir essa e fumar lá na rua, no frio, na chuva, seja em qualquer situação, mas não do meu lado.

O pior é que tem fumante que acha que está sendo desrespeitado no seu direito de acender um cigarro. E o meu direito de querer me manter saudável? De não querer aspirar fumaça nenhuma? Se eu gostasse disso passava o dia amarrado na traseira de um ônibus com o nariz enfiado no escapamento. Os fumantes ainda não perceberam que eles são minoria no planeta (busque estatísticas na internet sobre isso) e não podem impor aquilo que eles acham ser um "direito". Por exemplo, eu sou apaixonado por cães, mas jamais vou levar meu cão para sentar comigo numa mesa de bar, independente de ter ao meu lado alguém que se importe ou não com isso. É uma questão de respeito. E olha que ter um cão, no colo, na mesa de um bar, nem de longe causa mal à saúde de qualquer um.

Tenho amigos que fumam na minha casa, na varanda do apartamento. Não coloco plaquinhas de "proibido fumar" pelos ambientes. Mas no momento da refeição, nem cinzeiros sujos ficam pelas mesas. É uma questão de higiene, de bom senso. Nunca fui o chato que não deixa o cara ou a mina acender o cigarro e se me incomodo com alguma fumaça (não vinda da cozinha) enquanto estou no restaurante, até mudo de lugar. Mas defendo que há lugar e hora pra tudo. Se alguém não se incomoda em perder alguns minutos de boa conversa entre amigos porque não consegue ficar sem dar umas "pitadas" pelo menos uma noite e precisa levantar da mesa, ótimo, problema dele. Se prefere ficar lá fora, passando frio, enquanto lá dentro degustamos de um ótimo prato e tomamos um bom vinho, excelente! Cada um com seu problema. Mas não venham nos chamar, os não-fumantes, de chatos. Chatos são vocês que admitem que cigarro faz mal mas acham que os vários anos perdidos a cada ano de maços fumados não vão fazer diferença depois. Nós vemos lá na frente, ok?

Continue lendo...