quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A cultura da baixaria que fatura milhões

Recebi o texto abaixo, de autor desconhecido, por email e achei conveniente dividir com vocês. Não sou tão conservador nem um pouco racista, como o autor as vezes se mostra, mas a questão serve para refletirmos sobre que tipo de cultura a televisão brasileira que nos impor, principalmente a Rede Globo.

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros.... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE: é putaria ao vivo!!!

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a nordestina sorridente, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista que se intitula documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo com a quantidade de conforto, comida e de festas que eles tem? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por trás$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Imaginem agora que as ligações passam das 60 milhões.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores.

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um artigo de Jabor, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Autor Desconhecido.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

É tudo farinha do mesmo saco podre!

Todos os dias ouço algum amigo reclamar: "Essa NET tá me tirando o sossego"; "Não aguento mais a VIVO!"; "Acredita que a TAM perdeu minha bagagem?". E não são apenas dessas empresas que ouço reclamações - há também de planos de saúde, seguradoras, previdência, etc. O que percebo é que somos reféns do monopólio e da falta de concorrência em alguns setores.

Veja bem: na telefonia celular temos apenas 5 operadoras. No transporte aéreo, 3 empresas mais expressivas. Em TV a cabo ou satélite, somente 3. E é exatamente nesses serviços que residem as maiores queixas. Porque? Porque só existem elas e se você sai de uma, cai em desgraça com a outra. Nenhuma está disposta a prestar um serviço de qualidade ou, no mínimo, ter respeito por nós consumidores. Cheguei a ouvir de um funcionário da NET uma vez: "A ordem é dar um gelo em quem reclama".

Meu exemplo: estou há quase um ano tentando conseguir um aparelho de celular com a CLARO. Quando assinei o contrato corporativo o vendedor me garantiu que a cada 12 meses eu teria direito a um. Na hora de pedir, a atendente (daquelas com a maior má vontade de te atender) disse que isso não existia na empresa. Fiz uma reclamação pública no site Reclame Aqui e ameacei cancelar o contrato. Aí eles colocaram um consultor pra me atender. O cara me propos renovar o contrato pelo mesmo valor, com mais minutagem e megabites de dados e ainda me dar dois aparelhos que chegariam em 6 dias úteis. Passados quase dois meses, pergunta se os aparelho chegaram e se consigo falar com o consultor? Desculpe o termo mas são ou não uma cambada de "filhos da puta"?

Outro exemplo: um casal de amigos pagou 100 reais a mais para que o filhos viesse de Campo Grande pela TAM acompanhado de uma funcionária da companhia. Além dele ter vindo sozinho, o moleque foi parar em Curitiba, de madrugada e ninguém no balcão da empresa sabia onde estava o voo. Imagina o desespero dos pais!

Aí vejo um deputado amigo reclamar da NET pelo Twitter. Passei por isso quando vim para São Paulo e fui obrigado a cancelar e assinar com a TVA (que até agora não me deu dor de cabeça). Me dá nojo só de ouvir esse nome - NET!

Bom, se eu ficar aqui relatando os problemas que eu já tive ou que eu ouço de amigos a toda hora, vou levar 3 dias escrevendo. E enquanto existirem apenas esse pequeno bando de desrespeitadores do direito do cidadão, nós, cidadãos, vamos continuar sendo pisoteados e desprezados. E não adianta sair dessa ou daquela prestadora de serviço e mudar para a que tem a melhor oferta. No final, é tudo a mesma porcaria.

Porque não temos aqui 30 empresas de celular como nos Estados Unidos e Europa? Porque não podemos escolher entre 15 redes de TV a cabo? A resposta é simples: quanto menos tiver, mais fácil do governo controlar e morder.

É meus caros, sintam-se felizes com o que vocês tem em mãos porque não vai adiantar nada trocar. E que me caia um raio na cabeça nesse momento se eu estiver exagerando. Ah, falando nisso, a companhia de energia elétrica não quer pagar pelo meu transformador que queimou quando retornou a luz depois de um apagão de duas horas. Canalhas!

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Rafael, nome de anjo e, agora, com as asas

Ano passado fui incumbido de ir até Campos do Jordão fazer uma matéria. Era algo meio urgente e, ainda na redaçào, fui informado de que iria de helicóptero. Por mais que já esteja acostumado a voos assim, sempre dá um frio na barriga, uma excitação, um certo tremor. Afinal, as vezes esse tipo de aeronave não parece ter a mesma segurança de um avião.

Cheguei ao heliponto da Record e encontrei o comandante Rafael pela primeira vez. Só de vê-lo, inexplicavelmente senti uma segurança tremenda. Seu semblante era calmo, carregado de uma energia boa. Seguimos apenas eu e ele num helicóptero Robinson, para apenas 4 pessoas. A equipe já tinha ido de carro na frente. Logo ao decolarmos, o fui bombardeando com perguntas sobre a aeronave - autonomia de voo, capacidade, velocidade e um monte de outras besteiras. Deixei escapar que estava um pouco nervoso com aquele voo de 1 hora, principalmente porque era um dia nublado e com um pouco e vento. Mas suas respostas e sua energia me tranquilizaram de tal forma que mal vi o tempo passar e logo estávamos em Campos do Jordão.

No almoço, na pausa da reportagem, eu e o piloto conversamos sobre amenidades da vida - familia, filhos, sonhos. E foi aí que vi brilhar nos olhos dele a paixão por voar. Estava ali, sentado diante de mim, um homem da minha idade que tinha conseguido realizar seu maior sonho que era ser piloto de helicóptero. Um homem que abriu mão de vários outros sonhos, porque chegar onde chegou exigiu esforço e muito dinheiro.

No final de janeiro quando fui incumbido de sobrevoar com o helicópetro da Record as represas da região de Atibaia, para mostrar os efeitos da inundação, eu já não tive a mesma apreensão daquele voo anterior. Eu soube que era com o comandante Rafael que iria voar e isso me tranquilizou. Aquele profissional que sabia o que estava fazendo de olhos fechados conquistou minha confiança com sua serenidade, sua experiência, seu caráter, o mesmo que conheci na mesa do restaurante em Campos do Jordão.

Ficamos cerca de duas horas no ar e ele, sempre solícito, com o cinegrafista Borracha ao seu lado, fazia todas as manobras necessárias que as imagens que eu pedia exigiam. Era uma dupla que trabalhava em sintonia e bom humor. E isso confortava qualquer passageiro que ali estivesse.

Quando fiquei sabendo do acidente e fui incumbido de relatar o ocorrido para o Jornal da Record, me bateu uma grande angústia e senso de responsabilidade. Afinal eu tinha de fazer algo a altura daquele exímio profissional que sempre teve uma responsabilidade ímpar e uma missão maravilhosa. Gostaria de ter feito mais. Mas espero que minhas preces sejam para ele de maior conforto que minha reportagem. Fique com Deus comandante Rafael! Agora não serão mais as asas de uma aeronave que o conduzirão mas sim as asas de um anjo que, como tal, você era. Voe em paz!


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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Os bichos mais feios do mundo


Clique na imagem ao lado para assistir ao Câmera Record de sexta (05/02) que mostrou animais exóticos e horrendos. Sob o meu comando, no lugar de Marcos Hummel que está de férias. Me sinto honrado em substituí-lo.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Encarando a tempestade

A rotina diária de São Paulo, pelo menos nos últimos 43 dias, tem sido assim: céu claro pela manhã, temperatura alta e temporais à tarde que provocam transtorno em toda a cidade. O paulistano parece até estar se acostumando a isso. Como estamos acompanhando esse trágico cotidiano, resolvemos fazer algo diferente. Meus superiores determinaram que não só deveríamos cobrir as enchentes como "participar" delas. Levei isso ao pé da letra.

Primeiro gravamos a participação de alguns repórteres durante a tarde mostrando a situação do tempo naquele momento, por volta das 15 horas. Conferimos com nossa meteorologista, Laura Ferreira, como seria no decorrer do dia, até o final da tarde e, assim, conseguimos ter indícios de onde o temporal cairia com mais força. Saímos a caça da tempestade como naqueles episódios do "Caçadores de Tornados", do Discovey Channel: "Vira ali. Entra a direita agora. Segue em frente... Não, entra aqui agora...". Íamos seguindo por onde as nuvens se apresentavam mais carregadas, tentando driblar o trânsito.

Quando o tempo escureceu, resolvemos parar o carro para preparar o equipamento - colocar a capa na câmera, vestirmos as nossas, colocar galocha, etc. Mas mal deu tempo de abrir as portas, o céu desabou em cima de nós. Eu estava muito disposto a voltar para a redação com algo diferente, participar mesmo da chuva como os editores queriam. Não pensei duas vezes - encarei a tempestade de frente. O resultado da reportagem vocês acompanham no vídeo abaixo.

Como se diz figurativamente, "voltei molhado até os documentos". E, literalmente, minha carteira no bolso da calça encharcou. Ossos do ofício!

http://videos.r7.com/paulistanos-sao-refens-do-ceu-por-causa-das-chuvas/idmedia/1ca3e6858fd009b1f672216cd20499b7.html

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