segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um gênio incompreendido

Pois é, eu sei que milhões de pessoas entre jornalistas, críticos, comentaristas, fofoqueiros, etc, em todo o mundo e aqui no Brasil já falaram da morte dele, mas não pude ficar de fora. Afinal, como jornalista que sou, me sinto no dever de tecer algum comentário, mesmo que seja banal, mesmo que seja fútil, mesmo que não sirva pra nada ou mesmo que você desista de lê-lo a partir daqui. Mas meu dever não é movido pelo desejo de fazer uma apologia do caso. Sinta como uma homenagem a este que considero um dos maiores fenômenos da música pop mundial.

Tudo bem, Michael Jackson pisou muito na bola - pendurou o filho numa sacada, mudou de cor, renegou suas raízes, gastou dinheiro demais, tomou remédio demais, sentou no banco dos réus, enfim, cometeu abusos como qualquer outro astro pop. E morreu como muitos outros astros pop - por overdose de remédios, muito abaixo do peso, desfigurado e quebrado. Se bem que "quebrado" não é um termo bem apropriado para quem deixou um patrimônio em torno de 1 bilhão de dólares, mesmo devendo 500 milhões. E em toda a sua trajetória, MJ só não conseguiu realizar seu sonho mais desejado - o de ser pai.

Sim, claro, ele teve filhos. Teve? De barriga de aluguel! Mas, na verdade, MJ sempre quis ser com "seus filhos" o que nunca foi com o próprio pai. Sempre quis dar aos meninos que o rodeavam o que nunca teve do pai: carinho, afeto, proteção, amor e uma família. Era o Peterpan que nunca queria crescer. Discordo das acusações de abuso que ele sofreu -e agora, depois da morte, o garoto que o acusou no passado desmentiu a história. Para mim o astro tinha uma carência afetiva tão grande que o desejo de abraçar crianças e dormir com elas talvez não passasse apenas de uma tentativa de transformar em realidade aquilo que ele sempre quis do pai quando criança. Mas ao invés desse afeto, só recebeu violência e cobrança. Você já olhou para uma criança dócil, meiga e não teve o ímpeto de abraçá-la fortemente e sapecar-lhe beijinhos na bochecha como seus pais faziam com você? Imagine o sentimento de alguém que sofreu com o peso de cintos, socos, garrafadas e ponta-pés. Assim foi a relação de um dos maiores astros do mundo com o pai. Não o culpo por ter a afeição que tinha por crianças.

MJ morreu transformado num monstro. Até a negação de suas raízes negras pra mim, agora, parece fruto da mídia sedenta por crucificar quem alcançou o sucesso. Ele tinha vitiligo em alto grau, segundo notícias, em mais de 80% do corpo. E nesses casos só lhe restava branquear o resto através de medicação - procedimento correto segundo o dermatologista com quem conversei. Seu desequilíbrio estava sim na insatisfação com seu rosto o que o levou a fazer várias cirurgias que mais deformaram que corrigiram.

Mas nada disso importa. Nenhuma das bizarrices que ele tinha será capaz de suplantar sua capacidade de criar. MJ era um gênio da música, do ritmo, criava seus sucessos cantarolando dentro do carro, tinha uma habilidade única. Seus shows eram apoteóticos, seus clipes um primor da produção tecnológica. Querem falar mal dele... falem! Mas ninguém vende 700 milhões de discos à toa!

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Caravela naufraga e "empata" pesquisa contra o câncer

Quando se fala em desenvolvimento de tecnologia nucleares no Brasil todo mundo se assusta. Principalmente os ambientalistas. Na verdade precisa-se saber que tipo de tecnologia realmente está sendo desenvolvida. Essa semana fui conhecer o reator nuclear da USP e uma nova tecnologia que está sendo desenvolvida nos laboratórios de lá para a criação de uma nova fonte energética nuclear. Mas ninguém está pensando em construir bombas ali (a não ser que seja pra soltar no congresso nacional). O laboratório do IPEN (Instituto do Pesquisas Energéticas e Nucleares), em dois anos, vai conseguir produzir a semente IODO-125. Nada mais é que uma capsula microscópica que vai ajudar no combate a alguns tipos de câncer, entre eles o oftálmico, no cérebro e, principalmente, o da próstata. Carregada com uma pequena quantidade de material radioativo, as sementes são implantadas nos pacientes e borbadeiam os tumores.

O projeto levou dez anos pra chegar onde chegou hoje e vai levar mais dois anos para ser concluído. Todo esse tempo por falta de verba. Na verdade, mais por falta de vontade. O custo total não passa de dois milhões de reais - uma verdadeira ninharia quando se fala em procedimentos que pretendem combater uma doença como o câncer. Mas os coordenadores levaram quase uma década pra conseguir a verba toda enquanto outros milhões eram gastos com baboseiras. Um exemplo: quando o projeto foi apresentado em 2001, o governo gastou 4 milhões de reais (mais que o dobro da pesquisa) na construção de uma caravela para a comemoração dos 500 anos de descoberta do Brasil. E foi dinheiro literalmente jogado por água abaixo - a réplica da embarcação não saiu do lugar. Foi uma sucessão de fracassos que transformaram a maior atração das comemorações num verdadeiro e vergonhoso fiasco. Mais um êngodo e desperdício de dinheiro público patrocinados pelos nossos governantes.

Hoje o projeto ainda capenga por falta de funcionários. E enquanto isso gasta-se milhões de reais por mês pra sustentar aquela corja de Brasília que se intitula "deputados e senadores", seus funcionários fantasmas e suas famílias aproveitadoras que usam e abusam do nosso dinheiro. E eu ainda ouvi num discurso do Lula na primeira campanha que "investimentos em estudos e pesquisas tecnológicas seriam prioridade em seu governo" . Só se for para estudar e pesquisar formas de lesar cada vez mais o erário público. Ô nôjo que eu tenho desse povinho!!

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domingo, 21 de junho de 2009

Canudo ou sabdoria - o lado irônico!

Acabaram com o diploma de jornalismo. UFA, ainda bem! Vou já retirar aquele quadro ensebado da parede que traz o nome de uma faculdadezinha sem-vergonha que fiz só pra poder trabalhar na área. Fico triste apenas por causa das fotos da formatura, da festa, dos churrascos que fizemos pra juntar dinheiro pra pagar a festa, das rifas, daquele videozinho safado que produzimos pra mostrar os quatro anos de tempo perdido. Tudo agora vai pruma caixa que será colocada na última prateleira da minha empoeirada garagem.

Bom, pelo menos minha formação vai servir pra uma coisa: se algum dia eu for preso vou ter cela especial. Ou será que o Gilmar Mendes também acabou com esse benefício? "Quem tem formação superior pode! Mas se for jornalista, acho que não precisa condição especial não!", deve ter pensado ele.

Outro dia encontrei um colega de profissão:
- E aí Aderbal, o que tem feito?
- Ah, agora sou cozinheiro de um restaurante a quilo ali na Lapa! E nas horas de folga sou jornalista.
- Mas como tu conseguiu isso?
- Não foi fácil não. Exigiram diploma de culinária do Senac. Foi um sufoco!

E sabe que já comecei a sentir os efeitos da decisão do Gilmar? Na hora de apresentar um documento no supermercado pra pagar com cheque, mostrei a carteira da FENAJ. Chamaram segurança, me colocaram de mão na parede e apalparam tudo quanto é lugar do meu corpo. E olha que tava apenas comprando pasta de dente e escova. Tive de mostrar a carteirinha de membro da Associação dos Músicos Eruditos de Camanducaia pra não sair dali algemado.

Cara de sorte é o faxineiro do meu prédio. Ao sair do elevador dei de cara com ele se vangloriando do novo crachá. Tinha o logotipo da "Grobo". Perguntei se ele tinha conseguido vaguinha de emprego na faxina de lá. "Quiéisso Doutô! Agora sêmo colega! To de repórte setorista, só faço matéria de saúde e higieni. Afinal, eu manjo da área né?!".
Corri pro Senac pra ver o que tinha de curso por lá. Sei lá né... só pra grantir o futuro!

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Canudo ou sabedoria?

O Ministro do STF, Gilmar Mendes (o que, ultimmente, tem adotado posturas escabrosas), decidiu acabar com a exigência do diploma de jornalismo. Até o momento não consegui definir se isso é bom ou ruim. É diferente se quisessem, por exemplo, acabar com o diploma de médico - a prática universitária é extremamente importante para esse tipo de profissão. Mas o que nós jornalistas aprendemos na faculdade? O que classifica como melhor o jornalista que acabou de sair da Cásper Líbero ou outro que nunca se formou e tem mais de 20 anos de profissão? Mas ao mesmo tempo porque permitir que alguém que simplesmente saiba escrever bem seja um repórter de TV ou impresso sem ter de passar pela faculdade? Acredito que a questão não é acabar ou não com o diploma, mas sim exigir um pouco mais dos profissionais que estão hoje entrando no mercado.

Muitas vezes vejo colegas mais novos, diplomados em universidades de renome, fazendo questionamentos ridículos em coletivas. Fico me perguntando onde é que eles aprenderam aquilo. Certa vez resolvi voltar pra faculdade - quis aproveitar um tempo livre para ter outra formação na área de comunicação. Me arrependi e deixei o curso menos de seis meses depois. Alguns de meus professores eram jornalistas que não deram certo em veículos por falta de aptidão profissional. Fizeram mestrado e foram dar aulas. O que aprenderiam meus jovens colegas de classe com gente que foi demitida de redações por não ter a mínima intimidade com a profissão? É como um padre da igreja católica dando sermão sobre casamento e filhos.

Sinceramente acho que a faculdade de comunicação não faz falta a um bom jornalista. Mas também nao podemos permitir que os maus jornalistas se aproveitem disso para se nomear jornalista. O lado negativo dessa medida é o desmerecimento daqueles que estudaram anos pra se formar - podemos ouvir de qualquer um na rua "pra fazer o que você faz não precisa estudar".

Acabar ou não com o diploma não faz diferença - o que faz é quem os veículos vão permitir que trabalhe em suas redações. Pior que isso é que um zé mané qualquer agora vai poder ser editor de um jornaleco qualquer fortalecendo a imprensa marron que, mesmo coma regulamentação de antes, persistia em existir para extorquir e chantagear.

A excelência da minha profissão não está na qualidade da faculdade que se frequenta e nem na produção de reportagenzinhas sobre o campus ou amenidades do cotidiano - coisa que se faz muito durante o curso. Mas sim na vivência diária de situações reais, na forma como lidar com elas e de passar isso com a maior isenção possível para o público. Se você quer ser um bom jornalista, não adianta escolher a melhor faculdade se você não for um bom observador da vida que o cerca. E achar que você já sabe tudo, independente do tempo de profissão, é o pior erro que podemos cometer. O bom jornalista está sempre disposto a aprender mais e mais e não se constrange de perguntar sobre coisas que desconhece. Ser jornalista é mais que empunhar um microfone, um bloquinho e uma caneta ou carregar um diploma - é também não ter a arrogância que muitas vezes o suposto domínio da informação nos confere.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

De barba... mas sem causa!

Dias atrás estive cobrindo a greve na USP. Cheguei até a ficar entre o fogo cruzado de estudantes e policiais militares no confronto do último dia 09/06. Ora me abaixava para não levar pedradas, ora pra fugir das balas de borracha e das bombas de efeito moral. O que mais me impressionou, na verdade, foi o seguinte: na hora dos discursos elouquentes a lá greve de metalúrgicos, não havia mais que umas duzentas pessoas em volta do caminhão de som de onde sindicalistas barbudos a lá Lula berravam palavras de ordem tais como "companheiros, a luta é nossa, o povo unido jamais será vencido", etc. De repente, na hora da passeata, apareceram mais de mil pessoas, não sei de onde. Claro que a maioria era de estudantes sedentos por um quebrazinha de rotina no campus. E não deu outra - xingamentos contra policiais e vice-versa, borrachadas em alguns, tijoladas nos milicos, correria, bombas...

Bom, acho válido qualquer movimento de reivindicação e passeatas por melhores condições de trabalho e salários. Mas o que percebi ali foi mais uma baderna de filhinhos de papai (claro, porque pra entrar na USP só quem nunca precisou trabalhar e teve tempo de sobra pra fazer cursinhos caros e estudar em casa) do que manifestação sindical. Pior ainda foi ver, depois da bagunça, patricinhas hello kitty e mauricinhos barbados que gritavam "Fora PM!" e atiravam pedras, pegar seus carrinhos zero quilometro pra ir embora pra casa ou pra algum barzinho da moda. Pior ainda que isso foi - dias depois da bagunça - ver os mesmos estudantes "revolucionários" reclamamando que a greve está atrapalhando a vida deles ali, que eles querem estudar, que falta bandejão, que falta transporte e que eles não podem sofrer as consequencias da paralisação. Percebi estudantes realmente engajados na luta, mas vi muito mais gente que queria ver o circo pegar fogo. E ajudou a botar uma lenhazinha nisso.

O que a juventude de hoje precisa aprender é que não basta deixar a barba crescer, usar roupas rotas e empunhar um cartaz qualquer com palavras de ordem "contra o sistema". Primeiro é preciso conhecer causas, estudar sua história, justificar seus motivos e usar uma maneira mais inteligente que a baderna para atingir seus objetivos. Não era bem o que aquela moçada que tava lá naquele dia parecia querer. Quem deveria protestar é estudante de universidade privada que, por não conseguir entrar numa federal, é obrigado a pagar uma grana lascada pra poder se formar - e mesmo assim de forma precária. E depois ainda tem de brigar no mercado de trabalho com os amiguinhos formados na USP que já saem de lá com um diploma muito mais "pesado" que qualquer outro. A hipocrisia estudantil também mata o ensino no país.

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sábado, 13 de junho de 2009

A tecnologia é uma merda... mas é fundamental!

Uma vez comentei aqui (deve estar em algum post antigo) sobre a tecnologia que nos cerca e muitas vezes nos afasta. Eu quis dizer que em razão dos MSNs, Orkuts, Facebooks, Skypes, entre outros, as pessoas estão perdendo o contato pessoal para apenas "teclar" com os amigos. Poucas pessoas, hoje, ligam pra dar um recado - é mais fácil usar a mensagem celular ou o orkut. Pra bater papo então, o Messenger é o canal - afinal você pode conversar durante o seu trabalho ou estudo sem ter um torcicolo por ficar com o telefone prensado entre o ombro e o ouvido. Com o advento dos smartphones aí é que a coisa ficou ainda mais fácil. Você pode fazer tudo isso acima no trânsito, na sala de espera do dentista, dentro do ônibus, no metrô e até mesmo no banheiro enquanto faz suas necessidades fisiológicas.

Esta semana chegou meu mais novo brinquedo. Depois de dois meses sem um smartphone (que me foi levado em apenas um mês de São Paulo) resolvi comprar outro. Foi um salto em relação ao anterior que já era um bom aparelho. Aqueles que não tem muita intimidade com as tecnologias (como muitos de meus amigos) acham "uma verdadeira perda de tempo" esse tipo de coisa. Mas, confesso: é como carro com vidro elétrico e ar condicionado - depois de ter um você não quer saber de outros que não tenham!

Os smartphones, para quem não sabe, são verdadeiros escritórios portáteis através dos quais você pode passar e receber emails, navegar na internet a uma boa velocidade, dirigir usando GPS, fazer video-conferências, ler e digitar documentos, tirar fotos, ler códigos de barras e, vejam só, até mesmo "telefonar para outra pessoa"... rs. E a cada mês que passa surge uma nova aplicação. São ferramentas vitais para quem, como eu, usa-as constantemente. Muitas vezes, no meio do trânsito, fui obrigado a fazer uma transferencia bancária urgente usando a internet do telefone. Ou até mesmo abrir um email e respondê-lo imediatamente para agilizar um negócio. Sem meu amiguinho, as coisas não andariam tão rápido.

Tá bom, tá bom, você vai dizer que há menos de 20 anos a gente não tinha nem celular e internet e era feliz do mesmo jeito. Mas, meus amigos, vocês conseguem vive sem sexo depois de experimentá-lo pela primeira vez?

Admito, adoro o campo mas prefiro o agito dos shoppings. Amo feriado, mas não consigo ficar mais que dois dias longe do vai-e-vem das cidades grandes. Se as tecnologias estão aí invadindo nossas vidas cada vez mais, porque não usá-las? O melhor de tudo isso é poder usá-las pra convidar seus amigos prum vinhozinho com queijo no seu apartamento. Aí, desligar tudo depois não vai fazer mal a ninguém.

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quando o menos é mais!

Desculpa pessoal pela falta de atualização do blog nos últimos dias. É que, apesar de estar rodeado de assuntos diariamente, sempre me falta o que dizer aqui. Não quero que este blog seja um repeteco de milhares de outros que reproduzem noticias do dia-a-dia, muitas vezes "control C, control V" dos noticiários da internet. Aliás, meu blog não é para dar notícias e sim para comentá-las. E quando não tenho o que dizer ou quando não quero dizer nada a respeito do que é noticiado por ai, prefiro a quietude a falar besteiras repetidas. Minha vó me dizia: "se a gente tem duas orelhas e apenas uma boca, significa que precisamos ouvir mais, e falar menos". Nesse caso o menos é mais.

Eu poderia até comentar aqui a notícia do momento - a misteriosa queda do avião da Air France. Mas voces leitores já devem estar cansados de ouvir falar nisso. Poderia falar sobre "A Fazenda", da Record. Mas, como sou um "anti-BBB", não seria de bom tom falar mal de um programa produzido e exibido na empresa que me paga o salário. E também, como não tenho assistido, não tenho propriedades para fazer juízo de valores.

Pra finalizar, só quero comentar aqui que tem cinco milhões de reais perdidos por aí, sem dono. É verdade. É o prêmio da Mega-sena do dia 11 de março que o ganhador ainda não foi buscar. A aposta vencedora é de uma lotérica de Taubaté. Até procurei no lixo meus ultimos jogos mas não fui eu... senão estaria escrevendo como são as férias numa ilha paradisíaca do Caribe. E você? Já conferiu seus ultimos jogos? Quem sabe aquele bilhete que tá mofando no bolso daquela calça que você nao usa faz tempo não é o premiado? Mas corre porque o prazo termina nesta terça feira. Aí, babau!! A grana volta pro governo.

Sabe quanto isso já rendeu desde o sorteio? 30 mil por mês (na poupança) vezes 3 é igual a 90 MIL REAIS! E eu aqui contando as moedinhas pra pagar o IPTU desse mes. Boa semana!

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais uma da internet... mais uma dos desavisados

Recebi recentemente por email o texto abaixo:

"A GRAXA NA CÂMARA - Os sapatos dos nossos parlamentares e respectivos asseclas devem brilhar mais que as "barrigas inchadas e verminadas" das nossas crianças famintas. Acredite se quiser, o presidente da Câmara Federal, Deputado Arlindo Chinaglia (PT - SP) , quer todos os parlamentares, assessores e funcionários da casa de sapatos reluzentes. Acaba de abrir uma licitação para contratar serviços de engraxataria no prédio, num total de R$ 3,135 milhões por 12 meses, o que dá R$ 261 mil por mês ou ainda, R$ 8.700 mil por dia. O valor diário equivale à alimentação de 174 famílias, pelas normas do FOME ZERO! "A CUSTOS DA INICIATIVA PRIVADA, SÃO MAIS DE 3.500 PARES DE SAPATOS ENGRAXADOS DIARIAMENTE. PODE? Por que esses caras não pagam o engraxate? Além de pagarmos seus salários astronômicos ainda temos que pagar para engraxarem seus sapatos? Por favor, repassar esse e-mail até chegar a um deputado ou senador que seja contra esta atitude do presidente da Câmara, já seria fazer alguma coisa."

Eu estava ficando, mais uma vez, enojado com a atitude dos deputados, quando resolvi checar a informação pra ver se rendia mantéia. Antes de disseminar o email e iniciar uma cruzada contra tal projeto, digitei no "Google" e descobri que tudo não passa de mais uma pegadinha da rede, dessas que pegam internautas desavisados e cegos de ódio pelos nossos políticos e que não se preocupam em distribuir por email qualquer besteira que recebem de outros ignorantes. Na verdade esse papo rolou sim mas foi em 2003, SEIS ANOS ATRÁS!! E não foi pra frente, claro! Um detalhe é que quem distribuiu o factóide talvez nem tenha lido o texto inteiro pra verificar que o presidente da câmara dos deputados nem é mais Arlindo Chinaglia, há muito tempo. Se Michel Temmer, o atual presidente, recebeu o email deve ter revirado na cadeira.

O pior é que o email veio com uma pequena introdução do meu emissário: "PRECISAMOS FAZER ALGUMA COISA! O PAÍS NÃO PODE MAIS PERMITIR ESSE ABUSO COM DINHEIRO PÚBLICO!"

Precisamos sim... precisamos banir esse tipo de ignorância da internet!

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