terça-feira, 25 de agosto de 2009

SAÚDE OU LIBERDADE?

A guerra contra o cigarro em São Paulo, e que agora está se espalhando para outras capitais do país, está revelando números que são, significativamente, mais fortes do que argumentos de tabagistas descontentes com a restrição do que eles chamam de "liberdade". Segundo a Dra Jaqueline Scholz Issa, cardiologista do INCOR, a simples adesão a lei anti-fumo pode diminuir em até 3 mil o número de mortes por AVC e enfarte, causados pelo cigarro. Outra constatação, desta vez da Secretaria Estadual de Saúde, é a melhoria da qualidade de vida dos funcionários de bares e restaurantes com a restrição. Um estudo comprova que um garçom que trabalha das seis da tarde às duas da manhã estava inalando fumaça equivalente a fumar cinco cigarros, mesmo que ele nunca tenha colocado um na boca. Já os frequentadores não-fumantes do estabelecimento, que permanecem tres horas em média no local, estavam tragando o equivalente a 3 cigarros por noite.

São dados para refletirmos e percebermos que tudo isso é uma questão de SAÚDE e esta acima da questão LIBERDADE. Os fumantes se tornaram minoria no mundo inteiro. Numa empresa em que estive hoje, por exemplo, dos 600 funcionários apenas 40 são adeptos do cigarro - menos de 10%. Destes, 25 aderiram a um programa desenvolvido pela empresa para parar de fumar. Os demais aceitaram reduzir o vício. Ou seja, a constatação é de que a maioria dos fumantes deseja largar o fumo mas se acovarda atrás de justificativas tipo "estou tentando, mas não consigo". Na verdade quem quer parar, PÁRA, não TENTA!

Outra coisa: perguntei a vários donos de estabelecimentos se a lei provocou redução do número de clientes. A resposta foi bastante clara: NÃO MUITO! O que diminuiu um pouco foi a quantidade de álcool consumida porque o cigarro estimulava as pessoas a beberem mais. PUXA VIDA, QUE PREJUIZO ISSO!! Tenha paciência! Estamos matando aí dois coelhos com uma porrada só - acabar com um vício que coloca em risco a saúde das pessoas e contribuir para que menos pessoas sejam atropeladas nos pontos de ônibus ou nas faixas de pedestres por alguém que se excedeu na bebida.

Não quero bancar aqui o paladino da justiça, mas as pessoas que dizem ter perdido sua liberdade por causa da restrição ao cigarro "apenas em locais públicos fechados e cobertos" e que ainda podem fumar quantos cigarros quiserem no meio da rua, precisam entender o significado de "liberdade". Estar numa cadeira de rodas por um acidente de carro ou preso numa penitenciária por um crime qualquer talvez façam os fumantes entenderem o real sentido da palavra.

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