segunda-feira, 1 de março de 2010

A natureza cobra seu preço. Caro e parceladamente!

Assisti recentemente o filme “2012”, sobre os cataclismas que a terra pode enfrentar daqui dois anos. O filme é bom do ponto de vista de produção, excepcional na concepção de como o planeta pode acabar, mas peca um pouco nos exageros, como os malabarismos que o ator John Cusack faz com um avião durante a fuga do “apocalipse”.

O que nos faz refletir sobre a questão, e acredito que pouca gente tem percebido isso, é que o que supostamente está para acontecer em 2012, está vindo em doses homeopáticas já há algum tempo.

Quem não se lembra do tsunami que atingiu a Indonésia em 2004, matando cerca de 300 mil pessoas? Ou o terremoto na China, em 2008, que provocou mais de 50 mil mortes. Somo a isso a tragédia da inundação em Santa Catarina, no final de 2008 com milhares de desabrigados e centenas de mortos – tragédia que pude acompanhar pessoalmente.

Eu levaria muito tempo enumerando cada caso só dos últimos dois anos. Furacões, incêndios florestais, tornados, terremotos, enchentes e pandemias. Agora, só nestes primeiros dois meses de 2010, assistimos os desabamentos em Angra, o terremoto no Haiti e agora no Chile. Longe de mim ser pessimista, mas acho que a natureza não vai esperar 2012 chegar para cobrar o que tem sentido na pele.

É, meus caros, tudo isso é culpa nossa mesmo. É culpa do lixo que produzimos, dos poluentes que emitimos, das florestas que desmatamos, dos rios que assoreamos. Cada pedaço de terra que cobrimos de asfalto, será cobrado lá na frente. Talvez em menos tempo do que imaginamos.

Por isso me revolto quando vou fazer matéria de inundação e vejo aquela quantidade de lixo esparramada pela rua ou os sacos pretos descendo junto com a enxurrada. Outras vezes tenho vontade de descer do carro e fazer aquele ignorante, imbecil e idiota do carro da frente engolir o papel que ele jogou pela janela. Ou mesmo esfregar na cara daquela madame emperiquitada a bituca de cigarro que ela deixou na sarjeta. É por culpa dessa corja de animais mal-educados que enfrentamos os problemas que enfrentamos hoje.

E aí, quando assistimos a filme-catástrofe como 2012, podemos imaginar que isso é o que realmente pode acontecer um dia. Não sei se daqui a dois anos mesmo, não sei se daqui a vinte anos ou dois séculos. O que precisamos é ter a consciência de que um dia aquele sofá velho que deixamos na calçada pode voltar no meio de uma onda de 40 metros de altura.

Fatídico demais, eu? Quem sabe as milhares de vítimas dos terremotos do Chile e do Haiti, dos desabamentos em Angra, do tsunami na Indonésia e de dezenas de outras catástrofes podem explicar de maneira melhor. Pense nisso quando for deixar uma latinha de refrigerante jogada por ai.

1 comentário

Suiele disse...

meu nome é suiele, e eu gostei muito desse artigo, mostra realmente o que está acontecendo no mundo. e enquanto isso estamos todos acabando com o mundo, e vivendo as nossas vidinhas mediocres! temos que fazer fazer alguma coisa para mudar essa situação que vem acontecendo a muito tempo.

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