segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mãos ao alto cidadão! Isso é um plebiscito!


Eu não queria tocar nesse assunto do massacre na escola do Rio de Janeiro, pois sei da exploração à exaustão do assunto. Mas é inevitável. Não posso me calar diante de uma situação que isso gerou. E mais uma vez, vemos uma tentativa pífia do governo tentar resolver um problema pelo lado errado.

Logo que aquele maluco assassinou friamente doze crianças, algumas vozes políticas - as mesmas que sempre se revestem de oportunismo e se aproveitam de uma situação calamitosa para aparecer – se lançaram numa campanha (mais uma) contra a venda e a posse de armas. Isso me fez lembrar aquele plebiscito de dois mil e cinco que foi do nada pra lugar nenhum consumindo alguns milhões de dinheiro público e que fez o governo enfiar o rabo entre as pernas.

Agora, o fato de um rapaz ter usado dois revólveres clandestinos para matar aquelas crianças ressucitou a questão como se os assaltos, os homicídios, os latrocínios que acontecem diariamente na nossa cidade não tivessem a mínima relevância. Campanhas de desarmamento, plebiscito sobre venda e porte de armas, tudo isso é besteira, puro engôdo pra fazer o governo gastar dinheiro à toa.

Todos nós sabemos que as armas que matam por aí não estão nas mãos de cidadãos que querem apenas se proteger dessa violência - que o poder público não tem a mínima competência pra combater. Estão nas mãos, sim, de bandidos, assassinos, latrocidas, lunáticos como o da escola do Rio, enfim, marginais de toda a espécie que estão se lixando pra campanhas de desarmamento ou plebiscitos. Aliás, pra eles, tudo isso é vantajoso pois, quanto mais armas legais tirarem das ruas, mais aumenta o poder de fogo deles e mais diminuem as nossas defesas. Ou você acha que os bandidos irian entregar seu arsenal em troca de alguma cesta básica ou incentivo fiscal?

Sou contra armas. Não tenho e nem teria qualquer uma delas em casa. Mas essa história de retomar uma campanha ou o plebiscito para decidir a respeito da posse de armas por civis é pura utopia. É o que o governo sempre faz: em vez de combater com mais eficácia a criminalidade e a violência, prefere fazer uma votação sobre o que deve ou não fazer. Vai passar vergonha tal qual a em 2005 quando a maioria dos votantes (64%) optou por não proibir o comércio de armas.

E as campanhas de desarmamento, que resultado obtiveram? Pífio, diante dos números da crescente violência no país. Claro, muitas das armas que os cidadãos de bem entregaram expontaneamente, acabaram indo parar nas mãos de bandidos que roubaram depósitos da polícia ou pelas próprias mãos de muitos policiais corruptos que trabalham como fornecedores das quadrilhas.

Querer proibir a comercialização de armas no país para resolver o problema da criminalidade é chover no molhado. É como querer proibir motocicletas andarem com garupa porque aumentou o número de assaltos praticados por dois caras numa moto. Ou criar uma lei para proibir as pessoas de andar na rua depois das 22 horas porque aumentou a violência após esse horário.

Infelizmente, no Brasil, tem-se a mania de querer acabar com os efeitos e não com a causa. É só combater a venda ilegal de armas, o contrabando, invadir morros e favelas atrás de traficantes, que vai se ver menos violência nas ruas. Agora, proibir um cidadão de comprar um revólver registrado, com posse e cadastrado na secretaria de segurança pública não vai evitar que um bandido qualquer lhe dê um tiro na cabeça com o “22” que ele trocou por um punhado de pó em algum canto da cidade.

5 comentários

Adriano Paiva disse...

suas palavras serão defendidas por nós. Faço minha as suas palavras...

Cesar disse...

Concordo contigo. A chacina das crianças no Rio foi um fato isolado, semelhante a um acidente aereo: muitas mortes e grande comocao. Algum politico talvez queira acabar com os acidentes aéreos proibindo os aviões de decolarem.

Anônimo disse...

Show de bola Ogg.
É isso ae mesmo. Eu defendo, ao contrário, que além de ser liberado o comércio de armas seja incentivado a ensinar as pessoas a menjar corretamente suas armas.
Também sou favorável que possamos portar spray d epimenta, disparadores de gases não letais (incluisve gás paralisante), enfim armas não letais.
Bandido bom é bandido morto. Quem sabe usando nossas armas conseguíssemos pelo menor amedrontar a bandidagem.

Neemias Rodrigues disse...

Concordo com você Ogg. Não credito que plebicitos resolvam. Mas, vou te dizer uma coisa: esse final de semana, em minha cidade, no norte do PR, houve um homicídio e duas tentativas no mesmo dia. Isso é muito pra uma cidade com pouco mais de 90 mil habitantes. E, em todos os casos, quem portava as armas eram os cidadãos trabalhadores, de bem, que se envolveram em brigas em botecos ou por causa de jogos. Túnel sem saída, meu amigo. Parece que nao tem jeito, nao. Em tempo: eu acho que a imprensa é tão aproveitadora de situações como essa do Rio quanto os políticos. Você deve saber que o valor do minuto publicitário, em horarios em que os jornais noticiam essas coisas vai lá nas nuvens. Oportunismo esta em todos os lados.
Abraço

Anônimo disse...

O GOVERNO JÁ DEVERIA AGIR HÁ MUITO TEMPO, COMO É OPORTUNISTA VEM COM ESSA DE DESARMAMENTO. O PROBLEMA É O RIGOR NAS FRONTEIRAS QUE É LIVRE E ABERTAMENTE A PASSAGEM DE DROGAS E ARMAS. E TAMBÉM FAZER VALER A LEI , OU SEJA FAZER MUDANÇA NA LEI PENAL E SER MAIS RIGOROSA. QUE TAL APROVEITAR A ONDA E FAZER A MUDANÇA NECESSESARIA NO CODIGO PENAL A SER MAIS RIGIDA !

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