terça-feira, 6 de outubro de 2009

Você é o famoso quem mesmo?

Numa segunda-feira dessas fui à festa de premiação dos colaboradores da Turma do Bem (www.turmadobem.org.br). Espetacular! A causa da turma reuniu uma plêiade digna de Oscar - Fafá de Belém, Guilherme Arantes, Marcelo Antony, Rodrigo Lombardi, Lu Grimaldi, Simoninha, Daniela Cicarelli, entre outros artistas renomados que estavam ali sem cachê, prestando seu apoio.

Eu e minha mulher estávamos no camarote junto a duas queridas amiga, Nancy e Luciana (do Shintori Restaurante), e os "fazendeiros" Fábio Arruda e Carlinhos. Como mero espectador foi engraçado ver o desenfreado assédios dos fãns em relaçào a eles. Na saída, como não poderia ser diferente, os dois passaram quase uma hora posando para fotos e dando autógrafos para a horda de tietes. Era todo o tipo de gente - senhoras, menininhas, mulheres, balzacas, vovós - homens e mulheres de todas as idades e classes sociais. Minha diversão foi observar aqueles que se revestiam de uma certa intimidade que nem eu, que os conheço um pouco mais de perto, ouso abusar. Alguns os tratavam de "amigões" com frases como "Ô parceiro, tira uma foto aqui. É nóis!". "Pô brother, anota meu telefone aí e qualquer coisa me liga". Qualquer coisa me liga? Qualquer coisa como? Muito engraçado!.

Mais engraçado é ver que alguns ainda trocam os nomes tipo: "Ô CLAUDINHO, legal te ver aqui. Sempre te acompanho na TV" ou então "Valeu FLÁVIO ARRUDA, te adoro!!". E os dois, simpaticamente, riam e passavam a chamar um ao outro de Claudinho e Flávio Arruda.

Certa vez uma pessoa me parou num shopping e falou longamente sobre meu trabalho, enquanto eu aguardava minha mulher sair de uma loja (pensa no tempo que eu esperei!). Ele disse que gostava muito do meu trabalho, lembrou reportagens que fiz ainda em Santa Catarina, que gosta de me ver na bancada do Jornal da Record, etc. Na hora de se despedir disse um sonoro "Gostei de te conhecer pessoalmente CELSO!". Celso??? pensei quase alto, emoldurando esse pensamento com um sorriso mais amarelo que taxi do Rio. Ele estava se referindo a Celso Freitas, claro, meu colega. Considero um elogio ser confundido com ele, mas... Pelo menos, acertou as reportagens que fiz.

Mas tudo bem. Isso é comum no nosso meio. Eu mesmo confundo nomes de artistas e chamei a Beth Lago uma vez de Beth Mendes (nossa, nem sei de onde eu tinha tirado isso!). Depois disso não uso mais sobrenomes. E quando não lembro o nome principal chamo de excelência, ícone da cultura, camarada, capitão, comandante, grande dama... e por aí vai.

Só não pode fazer como um ex-colega de televisão em Mato Grosso do Sul que ao anunciar o entrevistado disse "Vamos conversar agora com o presidente da TPNS, Valdir Curado que vai falar sobre a febre aftosa no estado". O cara respondeu: "Bom dia Amauri, mas eu sou o Wagner Conto, da GTFD e vim aqui falar sobre a campanha de vacinação contra a rubéola!"

"Rubéola, Aftosa, criança, bezerrinho... é quase tudo parecido! O programa volta após o ano de 2035. Fui!"

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