Outro dia comentei aqui sobre as voltas que a vida dá. Ta nos links dos meus posts logo ali abaixo. Hoje quero comentar uma história banal, mas bastante curiosa, que comprova a pequenez do nosso planeta. Vou começar pelo passado.
Há mais ou menos cinco anos, quando eu apostava em um programa sobre automóveis que produzia em Campo Grande/MS, procurava uma repórter em São Paulo que pudesse produzir algumas matérias sobre temas automotivos. Não precisava nem ser jornalista formada - queria alguém apenas com intimidade com o vídeo para dar um brilho em matérias de comportamento e mostrar a relação do universo feminino com carros. Comentei com um amigo de infância que me indicou uma amiga da sua esposa. Fiz apenas um contato com ela por telefone, na época, mas como o projeto de expansão do programa esbarrou em algumas dificuldades, não nos falamos mais.
Bom, saí de Campo Grande um ano depois, fui para a Record de Florianópolis, fiquei por lá três anos e acabei vindo parar em São Paulo. Nessa de buscar novos amigos para diminuir os efeitos da mudança, principalmente para minha mulher, inicialmente mais abalada com tudo, encontramos um grupo sensacional. Não vou nem ficar enchendo muita a bola deles porque, como leitores do meu blog vão acabar "se achando" depois... rsrs. Brincadeiras a parte, esse grupo tem sido companheiro de encontros semanais regados a comida, rodas de violão, bons vinhos e boa conversa. Depois de um certo tempo juntos acabei descobrindo que aquela ex-futura repórter com quem eu tinha feito contato há cinco anos, é uma de nossas novas amigas.
Não acredito em coincidências. Acho que as pessoas passam pelas nossas vidas com um propósito bem definido. Se não a encontramos numa determinada época, de alguma forma elas vão aparecer depois. Meu misticismo me permite pensar assim.
O que quero dizer na verdade é que o mundo é pequeno demais pra que a gente adote determinadas atitudes. Imagine hoje você agredir verbalmente qualquer pessoa que no futuro pode ser determinante na sua carreira profissional. Pense que aquele cara que você mandou a PQP no trânsito pode ser o gerente de RH que vai coordenar a sua entrevista no novo emprego. Vislumbre que a senhora a quem você não deu lugar na fila do banco um dia poderá vir a ser sua sogra. Ou então, pior que isso, aquele colega de trabalho que você sempre desprezou por achar burro demais foi escolhido como o novo chefe do departamento. Isso tudo pode acontecer.
Para evitar esse tipo de coisa, adotei uma filosofia simples e fácil de ser colocada em prática - TER HUMILDADE E RESPEITO COM TODOS, independente de raça, cor, credo, posição social e financeira. Devemos ficar mais atentos porque a discriminação está em simples atos que as vezes não percebemos. Ao deixar de dar bom dia para uma simples faxineira, podemos estar criando uma barreira com ela que seja intransponível no futuro. Ela pode até continuar faxineira nos próximos 20 anos, mas vai lembrar daquela pessoa simpática, que sempre a respeitou e pela qual ela tem o maior respeito também. E que vai significar muito mais do que aqueles que a mandavam apenas limpar suas mesas. O caso da moça que eu, sem querer, reencontrei cinco anos depois, não serve de exemplo para casos como este porque não houve desrespeito, discriminação, nem nada. Só o usei para mostrar o quanto o mundo é pequeno e redondo. E sendo assim é auspicioso não abusar da sorte... nem fazer da arrogância seu cartão de visitas!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Êta mundo pequeno... e ainda roda!
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1 comentário
Ogg,
Ogg Ibrahim!
Essa sua última frase é algo fora de série!
Não fazer da arrogância nosso cartão de visitas...
Esperta frase! Soberba! Parabéns.
Renate