Foi em vários desses momentos que percebi o quanto se pode ser feliz sem estar cercado de ostentações que, como eu disse acima, nos dão trabalho. Ver minhas cachorras correndo pela praia, por exemplo, como se estivessem sorrindo por estarem ali, não tem preço. Poder caminhar de mãos dadas com a minha mulher e apreciar aquela barriga de 4 meses que brilhava à luz do sol de inverno, também foi algo por demais gratificante. Sentar na varanda do apartamento pra ler uma revista, saborear um churrasco feito ali, na hora, ou dar uma volta pelo gramado do condomínio me deram a sensação de completude.
Houve época em que eu buscava prazer numa casa luxuosa, ou num carro zero novinho. Acreditava que ter uma lancha iria me fazer feliz. Pensava que se me cercasse de objetos que o dinheiro me permitia ter, como uma bela moto, ou viagens constantes ao exterior, viveria satisfeito. Mas ao perder tudo de repente, vi que não faziam tanta falta assim. Fizeram mais aos "amigos" que se afastaram quando tudo se foi.
Minhas férias me fizeram refletir sobre isso, mais uma vez. Não há dinheiro ou estatus no mundo que pague a PAZ! A de caminhar numa praia vazia, de ver as cachorras correndo por ela, de ver o ventre da mulher que traz mais um filho, de ter amigos que não se importam com o ano do seu carro, de sentir o sol de inverno na pele e iluminar cenários como esse da foto abaixo. Para sermos felizes precisamos muito menos do que, as vezes, desejamos. Basta aprender a como desfrutar do que temos.
Praia da Cachoeira do Bom Jesus, Florianópolis.
Recebi esse video pelo Tweeter e achei que tem a ver com o artigo. Vale a pena curtir.
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