"Você sabe o que faz um deputado federal? Nem eu, então vote em mim que eu te conto. Vote em Tiririca, pior que tá não fica". Isso é apenas uma pequena demonstração da vergonha que aqueles que, presunçosamente, querem nos representar no congresso nos fazem sentir. E o Maguila então com aquela cara de quem tomou pancada na cabeça a vida inteira? Só não entendi porque ele segura aquelas bolas de numeração de estacionamento nas mãos (Ah, são luvas de boxe? Entendi!). Aí, saindo do Programa do Tom com Tiririca, segue-se um quadro da "A Praça é Nossa" com Batoré. Mas também tem o lado "Assombrações" da propaganda personificado por ENÉAS. Não o falecido pai, mas o filho, LUCIANO ENÉAS, que consegue ser pior que seu progenitor - mas com a mesma cara e um pouco mais de cabelo. Me assustei quando ví!
E não pára por aí não. Usar frases ligadas à sua atividade é uma peculiaridade de alguns candidatos. "Quero agulhar os políticos para mudar Brasília por vocês", do estilista Ronaldo Esper; "Agora eu quero jogar junto com você no mesmo time", de Marcelinho Carioca; "Minha luta agora é em Brasília, por nossas crianças", é o que se consegue entender de Maguila. Criatividade acima de qualquer propaganda!
E o medo que deu da Luciana Costa então (no video abaixo)? Ela combate drogas e pedofilia mas parece que vai saltar da tela e esganar você. Isso sem falar no Kiko do KLB, com aquela cara de Mickey Mouse Emo. Fico me perguntando: será que a profissão deles tá tão ruim assim pra quererem se envolver com política? Pelo menos o salário é bom.
Se eu for ficar aqui enumerando a horda de candidatos que me fazem passar vergonha de ser brasileiro, esse artigo não termina. A impressão que dá é de que alguns estão ali para debochar da política mesmo, debochar do país e tirar sarro na nossa cara como quem quer dizer "já que tudo é uma palhaçada mesmo e Brasília é um circo, vamos esculhambar". Bota esculhambação nisso! E olha que eu só to falando dos pseudo-famosos. Mas se eu contar aquelas múmias paralíticas que levantaram do sarcófago minutos antes de gravar o programa, a baboseira cresce numa proporção assustadora.
Uma coisa é certa: se proibiram programas humorísticos de fazer piadinhas com políticos, a propaganda eleitoral vai substitutir com louvor, até dias antes das eleições, a graça de rir da política brasileira.
2 comentários
Lúcido artigo, que retrata nossa infelicidade... Não à toa muitos dizem não ser o Brasil, um país sério. Enquanto o voto for obrigatório, e os brasileiros não tiverem noção do que seja cidadania, teremos esse circo, que não é cômigo, mas trágico.
Pôxa, Ogg, que inveja! No guia aqui de Alagoas às vezes dá um pouco para rir, mas logo em seguida aparece uma sequencia de candidatos de meter medo - só falta sair sangue da tela da tv. Outro que ameaça é o Fernando Collor: pense no cara pedindo voto rindo, mas com aquele olharzinho que assustou até o Pedro Simon. Cruz credo!