Conversando com um dos mais renomados urbanistas de São Paulo, o arquiteto Cândido Malta, descobri que as soluções, nessa ordem, poderiam ser as seguintes:
Primeiro: as pessoas pararem de jogar lixo na rua e uma coleta mais eficiente. Isso já minimizaria consideravelmente as enchentes, visto que não teríamos mais nada nas ruas e calçadas para entupir bueiros e galerias de águas pluviais.
Terceiro: planejamento. O que se fez até agora, foi apenas uma tentativa de corrigir erros de cálculo do passado. O que falta às nossas autoridades é projetar com folga o que aconteceria daqui a 10, 20 ou 30 anos para se evitar o que acontece hoje. Só que a má vontade política demonstra que as coisas não andam como deveria.
Existe hoje uma guerra entre ditos "especialista" sobre qual seria a melhor solução. Alguns defendem os piscinões. Outros condenam por se tratar de áreas imensas que não poderiam ser aproveitadas de outra forma depois. Pregam a implantação de parques gramados onde a água poderia ser absorvida pelo solo. Aí eu pergunto: se faltam áreas para se construir os reservatórios, como achá-las para construir parques?
A população invade áreas de várzea, ocupa espaços que são dos rios, sofre com a inundação e depois culpa a prefeitura pela falta de apoio. Por outro lado a prefeitura permite essas invasões porque é mais barato tirá-los de lá depois do que construir moradia popular pra todo mundo e tenta remediar a situação com um vale-aluguel que mal paga um quartinho de pensão. E enquanto não se faz nada de efetivo, vejo pessoas, que se dizem cidadãos, jogar pela janela do carro maços de cigarro, panfletos, comida e todo o tipo de lixo que ele não quer dentro do veículo.
E o que falta? Falta iniciativa, falta cidadania, falta vergonha na cara... dos governantes e de todos nós. E esqueçam que um dia isso vai mudar.
E o que falta? Falta iniciativa, falta cidadania, falta vergonha na cara... dos governantes e de todos nós. E esqueçam que um dia isso vai mudar.