quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Que língua é essa??


 
Está cada vez mais difícil conversar com os jovens de hoje. O problema não são as incompreensões da vida e daquilo que tentamos lhes ensinar, mas sim a linguagem, que mudou muito de alguns anos pra cá. Sem contar na dificuldade de entender alguns termos que vieram com a internet, com as redes sociais. “Tio, posso te add no face?” Hein?? “Você vai tuitar mais tarde pra eu dar RT?”. “Pô, vou dar um block no cara. Ele follow me só pra azucrinar”. Caraca, se eu não tivesse em dia com as novas mídias digitais eu não ia entender “patavina”.

Mas fora da internet, a conversa também fica complicada com quem tem, pelo menos, metade da sua idade. Imagina sua filha pedindo pra você: “Véi, quando voltar do trampo, passa no shoppis e me traz um gloss?” Isso quer dizer: Pai, quando você voltar do trabalho, passa no shopping e me traz um brilho labial?

O mais legal é a habilidade que nossos jovens tem hoje de criar seu próprio dialeto. Para estar atualizado com o que se fala por aí, basta decorar a listinha abaixo:
·     
    Obrigado = Valeu!
·   Collant (roupa) = body
·   Corôa (pai) = véi
·   Bailinho = balada
·   Paquerar = dar mole
·   Oi, olá, como vai? = e aê?
·   Cópia, imitação = genérico
·   Curtir, zoar = causar
·   Mãe vou sair = véia, fui!
·   Legal, bacana = manêro, irado
·   Legal o negócio = xapado o bagúio!
·   Mentira = Kaô
·   Faz um favor = quebra essa
·   Entendeu? = tá ligado?
·   Com responsabilidade = na moral
·   Gafe = mico
·   Ha ha ha = ushuaushuaushua
·   Ir embora = vazar
·   Te falar algo = te dar uma letra
·   De montão = pracarái
·   Idoso = tiozinho
·   De jeito nenhum = nem fudendo

E tem muito mais. Chega até ser engraçado presenciar um diálogo entre essa molecada de hoje: “Pô véi, a balada de ontem tava irada, ta ligado? Mó agito. Entornei uma Absolut, sacou. Xapado o bagúio!”. E aê, tu não foi dá um rolê não? Se liga véi, bodiei. Fiquei na home, suave!”. Acho que deveriam lançar um dicionário para quem nasceu nos anos sessenta e setenta, entender quem veio no final dos oitenta.

Mas chega de causar aqui! Vô vazar porque essas idéia tá ficando desconeta. Quem quizé colá o zóio em outras letra que vô dá aqui, é só ficar na moral, tá ligado? Fui!

2 comentários

Livia Costa e Silva disse...

Adorei o blog.
Seguindo o mesmo raciocínio, aqui algumas gírias usadas pelos portugueses, que confesso até hoje após 4 anos em terras lusas eu ainda fico perdida nas conversas.

Népia = Não
Ta fixe = Ta legal
Bué = Muito
É giro = É bonito
Do pioril = Pessoa muito má, péssimo, ruim.
Uma seca = muito entediante
É brutal = É fantástico
Betinho= Mauricinho
Borracho= Rapaz bonito
Estar de trombas ou Estar com os azeites = Estar aborrecido
Ter lata = ser descarado, cara de pau
Estar-se nas tintas = ignorar, não querer saber
Levar uma tampa: esperar por alguém que não aparece
Queque: pessoa acostumada a viver sem trabalhar
... só uns exemplos....
Uma conversa por aqui também pode ser complicado. rs

Blog da Pandinha disse...

Ogg, vc se esqueceu de uma super importante:

brizar: viajar na maionese

Quase morri qd minha filha falou pra mim que eu brizei!

Postar um comentário